O torcedor do Botafogo que espera que John Textor abrirá a carteira nesta janela de transferências deve conter as expectativas. Afinal, o próprio empresário norte-americano, acionista da SAF do clube, garantiu que fará apenas contratações pontuais. Segundo ele, o grupo de jogadores já está muito grande e não há previsão significativa de saídas nas próximas semanas. Inclusive, frequentemente, Textor afirma que o investimento de 2022, seu primeiro ano como gestor, foi maior do que o previa o contrato.
“Ano passado, não estávamos brigando pelo título e, mesmo assim, gastei muito dinheiro. Temos uma equipe muito cara, no outro dia no treino vi 37 jogadores no CT. Times da Premier League não têm elencos desse tamanho. Temos jogadores vindos do banco que ganham 1,2 milhão de dólares (R$ 5,8 milhões) por ano, porque nós montamos dois times ano passado. Estamos lotados agora, temos que fazer uma transição para o ano que vem”, esclareceu o empresário, em referência a jogadores como Philipe Sampaio, que veio da França, e Gustavo Sauer, de Portugal.
John Textor citou os exemplos recentes de estrangeiros jovens, em processo de desenvolvimento, como o perfil de investimento ideal para equilibrar qualidade para a equipe e potencial futuro de lucro para a SAF.
“Precisamos trazer mais jogadores como Matías Segovia (20 anos) e Diego Hernández (22 anos). Você paga um bom valor para trazê-los, mas espera um crescimento financeiro e os salários são bem razoáveis porque eles ainda são jovens. E não estou falando mal dos veteranos, se estamos bem hoje, é por causa deles”, disse, em entrevista ao ‘ge’.
Pés no chão e confiança em título do Botafogo
A liderança no Brasileirão, para o norte-americano, é sinal de que o trabalho está no caminho certo. Ele confia em um título em 2023, porém reforça que não escapará do orçamento para alcançar o objetivo.
“O time que temos hoje é bom o suficiente para ser líder depois de nove rodadas, ir para a Libertadores e talvez até para ganhar algum troféu. Não vou arriscar a saúde financeira do clube por um troféu que podemos comprar com dinheiro”, argumentou. (Jogada 10)