O plantio da soja 2023/24 em Mato Grosso chegou a 35,09% dos 12,2 milhões de hectares previstos. Contudo, as temperaturas acima de 40 °C e o forte calor nas lavouras preocupam os agricultores, principalmente, diante do alto custo de produção e da baixa remuneração pela saca de 60 quilos.
A semeadura da soja 2023/24 avançou 20,85 pontos percentuais em Mato Grosso na variação semanal, como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso. Apesar disso, ao se comparar com os trabalhos do ciclo passado em igual período, o ritmo está 6,25 pontos percentuais atrasado.
A região médio-norte do estado, conforme o relatório de semeadura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é a mais avançada com 49,41% da sua área destinada para a soja já plantada.
Já na região oeste mato-grossense, cuja preocupação com a ausência de chuvas regulares e altas temperaturas reflete em todo o estado, o plantio atingiu 44,93% da área.
Vinicius Sponchiado é produtor em Campo Novo do Parecis. Nesta safra, ele deve plantar 10,5 mil hectares de soja. Ele comenta que durante o dia os termômetros chegam a marcar 44 °C.
“Sem umidade no solo, pode ocorrer a escaldadura nas plantas e a gente acaba perdendo-as”, comenta.
Queima das sementes de soja
Conforme a engenheira agrônoma Aline Bosquê, as altas temperaturas podem, inclusive, queimar as sementes que não germinaram.
“As que não germinaram ainda podem ter a semente queimada, como também as que já germinaram podem ter o anelamento e o tombamento das plantas”, diz a engenheira agrônoma.
Para o agricultor Vinicius Sponchiado este é um ano em que esses fatos não poderiam acontecer. “Devido aos custos, a gente tem que cuidar de cada planta e rezar todos os dias para São Pedro para que venha chuva para todos os produtores”.
(CANAL RURAL)