André Villas Boas foi técnico do Porto que venceu o Campeonato Português de 2011, com 21 pontos de vantagem sobre o Benfica de Jorge Jesus. Na mesma temporada, ganhou a Liga Europa e foi contratado pelo Chelsea, sinal do clube londrino de esperar dele o mesmo sucesso de José Mourinho, de quem foi consultor quando moraram no mesmo bairro e Mourinho era campeão pelo Porto.
No final de semana, André Villas Boas, hoje treinador do Olympique de Marselha, vice-líder do Campeonato Francês, sugeriu que a temporada europeia só seja concluída em novembro, que se dê o mês de dezembro de férias, e então se inicie um calendário provisório e diferente, de janeiro a novembro, em 2021 e 2022.
A lógica do técnico português é que a Copa do Mundo de 2022 acontecerá no Catar entre 21 de novembro e 18 de dezembro. Ou seja, haverá um problema de calendário na temporada 2022/23, que pode começar a ser resolvido pela situação de emergência produzida pelo coronavírus. O futebol europeu teria temporada 2021 até novembro e 2022 também até o décimo primeiro mês do ano da Copa do Mundo.
Haveria uma temporada intermediária no primeiro semestre de 2023 e a Europa só voltaria ao calendário normal, com férias no verão, a partir de 2023/24. A jornal A Bola, em sua edição de domingo (29), deu destaque a ideia com o título: “E a Europa virar… Brasil?” Não é provável que a ideia seja adotada pela Uefa, mas o presidente da Fifa, Gianni Infantino, falou à Gazzetta dello Sport, segunda-feira (23) sobre adaptações de calendário depois da crise da Covid-19.
O mais estranho da ideia, é alguém na Europa cogitar abrasileirar o calendário europeu, enquanto cogitamos no Brasil adaptar o calendário ao europeu. (PVC/Globo Esporte)