O Campeonato Mineiro 2021 será paralisado pela Federação Mineira de Futebol (FMF), após decisão do Governo de Minas, diante da pandemia da Covid-19. O Estado está na onda roxa, com restrições mais rígidas para conter o vírus. Um tema que foi novamente abordado pelo técnico Lisca, do América-MG. Ele sugeriu que clubes e jogadores com menos capacidade econômica sejam ajudados pela elite do futebol no Brasil, citando um “auxílio emergencial” da bola.
“Não podemos deixar nenhum profissional desatendido, não só no futebol. Já tivemos auxilio emergencial que foi fundamental. Meu irmão está com restaurante fechado em Porto Alegre. Prejuízo enorme. Vários profissionais autônomos que não estão trabalhando” (Lisca)
– Se tiver que parar… Os clubes menores… Acho que nós, treinadores e clubes das Séries A e B, CBF e Federações, deveriam se mobilizar para criar auxílio emergencial do jogador de futebol profissional pelo tempo que ele ficar parado. Ajudando os clubes que não tiverem capacidade para pagar esses profissionais pelo tempo que ficarem parados.
No início do mês, Lisca já havia manifestado opinião condenando a tabela da Copa do Brasil, que obrigaria clubes a atravessar o país para a disputa de jogos. Na época, Lisca não se sentiu apoiado por alguns segmentos do esporte. Agora, ele deixou claro que não defende a parada do futebol, mas apontou suas palavras naquele dia como premonitórias.
– Não sou a favor ou contra de nada. Dei a minha opinião sobre as viagens da Copa do Brasil, há três semanas (…) A minha colocação foi de ver os deslocamentos da Copa do Brasil. Hoje eu vi vários infectologistas falando que isso é uma bomba. A Ponte e o Marília estão com casos. O Marília foi para Varginha, depois não sei aonde. Jogaram os caras na estrada. Eu avisei há duas semanas que seria difícil.
“Faço um apelo para toda a população de Minas. Vamos ficar em casa, nos cuidar, está bem difícil”
Obviamente, a pandemia da Covid-19 impactou as finanças de todos os clubes profissionais do futebol brasileiro, em diferentes níveis. Até os mais ricos precisaram se reinventar. Receitas cortadas, salários milionários a serem pagos e sem jogos a disputar. Cortes nos pagamentos aos funcionários foram realizados. Lisca lembrou da política adotada pelo América.
– Nós, do América, fomos cortados em 40% (do salário) em quatro meses. Dois (meses) a gente negociou e ficou para o América. Dois, pelo grande ano do América, o clube acertou com a gente. Fica uma sugestão, de repente cortar as imagens de jogadores e treinadores das Séries A e B, 20% fica no clube e 20% fica para esse fundo. A CBF tem controle de todos os contratos, de valores, está tudo dentro da CBF – acrescentou.
“É hora da gente, em melhor condição, se sacrificar e ajudar todos. Está caindo de maduro para a gente do futebol fazer isso. Eu me despenho para puxar essa campanha, convoco meus colegas das Séries A e B para iniciar esse processo” (Lisca) (Globo Esporte)