O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) garantiu a permanência do Figueirense na sequência da Série B do Brasileiro. A Procuradoria rejeitou o pedido de abandono da competição que partiu do ex-gestor do clube, Cláudio Honigman, no último final de semana.
A decisão do STJD coloca um ponto final na possibilidade do Figueira desistir da Série B como pediu à CBF o presidente da Elephant, então gestora do clube até a última semana antes da rescisão unilateral do contrato de 20 anos. Honigman, entre outras alegações para justificar o pedido, disse que é alvo de complô.
Cláudio Honigman protocolou o pedido de abandono quando já estava destituído do clube — Foto: John Léo/FFC
Após receber o pedido de Honigman via CBF, a Procuradoria do STJD oficiou o Figueirense para que se manifestasse sobre a possível desistência da Série B. Ainda na terça-feira, a atual diretoria encaminhou a documentação necessária para provar que o empresário não respondia mais pelo clube.
Cláudio Honigman foi destituído do poder na última sexta-feira, mas ainda constava como representante do clube junto à CBF. Nesse meio tempo, o mandatário da Elephant protocolou pedido de abandono do Figueirense na Série B, além de fazer um saque de R$ 260 mil da conta do Alvinegro, como alega a atual diretoria.
Abaixo a decisão do STJD:
Na última segunda-feira, o Figueirense enviou ofício à CBF pedindo o cancelamento imediato do jogo contra o Bragantino, a ser realizado nesta terça, dia 24 de setembro, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Em documento assinado pelo presidente da Elephant, Claudio Honigman, o clube alegou dificuldades financeiras e chegou a citar a greve de funcionários que resultou no WO diante do Cuiabá. Além disso, o ofício dizia também que uma grave crise política ronda o clube.
Após a comunicação, o presidente do STJD, Paulo Salomão Filho, recebeu o ofício e encaminhou para a Procuradoria analisar. Diante disso, o procurador-geral Felipe Bevilacqua emitiu um despacho solicitando esclarecimentos ao Figueirense no prazo de 24 horas. Foi aberto também um procedimento preliminar para averiguação das responsabilidades dos envolvidos, uma vez que o ato constitui infração.
Após recebimento do requerimento de manifestação, o clube emitiu documento garantindo que “de forma irrevogável e irretratável o Figueirense continuará na disputa da competição”.
A agremiação disse ainda que a empresa Elephant foi afastada do comando do clube em tutela de urgência na última sexta-feira, e que o ofício enviado não tem validade jurídica, uma vez que somente o presidente do Conselho Deliberativo, Francisco de Assis Filho, está habilitado para assinar qualquer representação.
(Globo Esporte)