Com 2,6 milhões de profissionais da enfermagem no país – mais de 34 mil apenas em Mato Grosso – a categoria luta pela aprovação do projeto de lei 2564/2020, que garante o piso salarial. “Somos a 2ª maior categoria do país, a maior da área da saúde, e ainda não temos um piso salarial”, afirma a presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT), Lígia Arfeli.
Em entrevista ao Jornal do Meio Dia na segunda-feira (25), a presidente do Coren-MT falou sobre a realidade dos profissionais da enfermagem no estado, que sem um piso salarial recebem os mais diversos pagamentos.
“A enfermagem tem se desdobrado para manter o atendimento aos pacientes, mesmo com a pandemia, o surto de viroses e a falta de profissionais. O que a gente espera é a valorização salarial, para que não existam mais casos de pagamentos muito baixos, como ocorre atualmente”, argumentou Lígia.
A presidente do Coren-MT lembrou que os 8 deputados federais por Mato Grosso se comprometeram a votar a favor do projeto, que garante salário de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.
“Todos os parlamentares se comprometaram a apoiar o projeto. Somos os profissionais que mantém a saúde viva pelos nossos cuidados e temos que ser valorizados”, enfatizou Arfeli.
“Sabemos da pressão política em relação ao piso da enfermagem, porém, todos os municípios e estados têm condições de pagar o piso salarial. Esse valor é o mínimo que a categoria conseguiu aceitar. Esperamos a aprovação do projeto e que ele entre em vigor ainda este ano”, finalizou Lígia.