As danças afro-brasileiras vêm sendo usadas há anos como ferramentas eficazes de resistência e combate ao racismo para a população negra. Nesta última terça-feira (03.12), esta luta ganhou reforço na Câmara dos Deputados com a aprovação do projeto que cria o Dia Nacional da Dança Afro-brasileira, em 18 de agosto.
Sob a relatoria da deputada Gisela Simona (União-MT), o PL 3420/24 de autoria da deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) passou pelo Plenário, após alguns ajustes, e agora segue para o Senado.
A data escolhida, 18 de agosto, é uma homenagem a Mercedes Baptista, falecida em 2014. Ela foi precursora da dança afro no Brasil e primeira mulher negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Para a parlamentar mato-grossense, estas manifestações desvelam a pluralidade da nossa cultura e seu reconhecimento é mais um elemento na luta antirracista.
“As danças afro-brasileiras vêm sendo utilizadas como resistência e combate ao racismo para a população negra que, historicamente, foi alvo de opressão e discriminação. Seu reconhecimento é mais um elemento na luta antirracista. A data foi escolhida como forma de celebrar, dentro desta diversidade cultural, a bailarina Mercedes Batista, precursora da dança afro no Brasil.
Esta modalidade de dança é uma das expressões mais significativas da cultura negra no país. E busca, além de sua imensa beleza e movimentos, priorizar o desenvolvimento de atividades que contribuam para o rompimento das barreiras sociais. Igualmente, assegura conhecimento aos alunos sobre suas raízes, história e linguagens, para que eles possam reconhecer sua identidade.