Os carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) localizado na Miguel Leite em Várzea Grande continuam de greve. Eles estão na frente da Unidade para explicar aos clientes que o movimento não impede o funcionamento da empresa.
A greve começou no dia 15 de março depois de serem impedidos de fazer entregas de bicicleta.
Ao contrário de outras greves, os trabalhadores não estão lutando por salários. Eles querem voltar a entregar cartas de bicicletas.
Hoje, na porta do CDD eles ouviram histórias de clientes que comprovam como acontece a fraude no sistema de entrega do CDD VG e que foi denunciada pelo Sintect-MT ao MPT.
Uma dessas histórias é a de dona Maria Luzia moradora no bairro Jardim dos Estados, rua América do Sul n°1. Acostumada receber as encomendas, correspondência em casa, ela foi surpreendidas com a seguinte mensagem no celular: “objeto não entregue, endereço incorreto”. Segundo ela, não procede a informação pois nesse dia ela não saiu de casa pois aguardava a entrega. “Eu coloco até ponto de referência” disse ela.
O Sintect-MT denunciou fraude no sistema e falsificação de documentos cometidos por dois grupos operacionais dentro do CDD CG. Os dois grupos atuam dentro da unidade para que tudo pareça que tá funcionando perfeitamente. O que não é verdade.
Muitas vezes a encomenda nem sai do CDD e é colocada essa mensagem de endereço incorreto. Assim o cliente é obrigado a ir até o local pegar a encomenda.
“O cliente paga para receber em casa”, disse o advogado Alexandre Aragão, acrescentando que “é uma falta de respeito contra os usuários dos serviços postais e um crime contra a empresa”.
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A GREVE
A greve dos carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) Várzea Grande continua apesar da reintegração de posse conseguida, no sábado, em decisão do juiz da 2ª vara do trabalho de VG, Fábio Luiz Pacheco., A ação realizada por dezenas de policiais federais foi acompanhada de perto pelos advogados do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT)
A ocupação da Unidade pelos trabalhadores aconteceu na sexta-feira, 1, depois de três audiências de conciliação no TRT, 45 dias de tentativas de negociação com a gerência da unidade e 18 dias de greve.
A ação de reintegração realizada no sábado, 2, por dezenas de policiais federais foi acompanhada de perto pelos advogados do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT).
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