A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística alterou a portaria que restringe tráfego de veículos pesados na MT-251, rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, em razão dos deslizamentos de terra no Portão do Inferno.

“Retificamos nossa portaria e o trânsito é proibido, proibido da salgadeira em direção a Chapada e descendo da Água Fria em direção a Cuiabá”

Anteriormente, havia sido informado que no sentido Cuiabá-Chapada o trecho interditado começava no Trevo do Manso e se estendia até a entrada da cidade turística.

Em coletiva à imprensa na manhã esta quarta-feira (13), o secretário Marcelo de Oliveira anunciou a mudança no decreto e informou que os veículos de carga que partem de Cuiabá podem chegar até a Salgadeira. E os que vém na direção contrária podem ir até o trevo da entrada para a estrada da Água Fria.

“Retificamos nossa portaria e o trânsito é proibido, proibido da Salgadeira em direção a Chapada e descendo da Água Fria em direção a Cuiabá. Os caminhões podem transitar até a Salgadeira, porque ali têm vários empreendimentos. Os caminhões também podem transitar na entrada na Água Fria”, afirmou.

A medida foi adotada após serem registrados dois deslizamentos de terra em menos de 24 horas na região do Portão do Inferno.

O secretário negou que a responsabilidade de tomar conta do lugar seja do órgão, e denunciou o descaso da União diante da situação.

“A área faz parte do Parque Nacional e acho que quem tem que tomar conta do Parque Nacional são as pessoas responsáveis por ele. A Sinfra tem que ficar preocupada com a rodovia. Se tem buraco, se tem erosão, se o viaduto está ruim, se o viaduto está bom. Esta é a grande preocupação da Sinfra”, disse.

“Quando têm perigo na rodovia, de árvores caindo em cima de carros, tampando a visibilidade, ninguém do Parque Nacional vai lá fazer a poda”.

O secretário amenizou a situação atual e disse que o “deslizamento que está ocorrendo até agora não afeta ninguém, não vai matar ninguém”.

Segundo ele, a preocupação do governo do Estado é com queda de pedras maiores. “Se cair e não estiver passando ninguém, vai afetar a estrutura do viaduto do Portão do Inferno. E aí sim o problema é sério. Se cair, pegar o carro e matar, o problema é sério também. Então nós temos dois problemas ali para resolver”, disse.

Providências

“Já que ninguém tomou providências, nós estamos tomando”, afirmou.

Segundo Oliveira, foi proibido o trânsito de caminhões a partir de 3,5 toneladas.

“Ali é uma curva, a passagem desses veículos causa frenagem, causa um movimento que pode afetar o deslocamento mais rápido daquela terra”, disse.

Oliveira afirma que o problema tem que ser resolvido sem deixar de atender a população.

“Não podemos deixar de atender as pessoas que ali fizeram investimentos. Temos vários balneários ao longo das estradas de Chapada, nós temos a Salgadeira, temos o acesso à Água Fria, ao Lago de Manso”, afirmou.

(MidiaNews)