Sindicatos de oposição à gestão de Josué Gomes à frente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) publicaram neste domingo (11) a convocação de uma assembleia extraordinária no dia 21 de dezembro para discutir a conduta do presidente da entidade -e que poderá resultar em sua destituição.

A plenária foi solicitada pela primeira vez pelos sindicatos em outubro. No início de novembro, Gomes comunicou em reunião da diretora que não faria a convocação por entender que o pedido não estava detalhado. O grupo ainda fez um novo pedido de assembleia no dia 27 de novembro, depois de ter detalhado a solicitação, mas a convocação não saiu.

Como a Folha de S.Paulo mostrou na terça (6), os sindicatos já consideravam a auto-convocação, por entender que isso está previsto no estatuto da entidade, mas entendiam que seria melhor se a assembleia fosse marcada pela direção. Na Fiesp, a perspectiva era de que essa convocação ficasse para janeiro.

A oposição à gestão de Gomes é majoritária entre os sindicatos ligados à Fiesp. Dos 106 com direito a voto, 80 assinaram os dois documentos recentes enviados à direção da entidade, que foram o detalhamento dos motivos para a realização da assembleia e o novo pedido de convocação da assembleia.

Assinaram esses comunicados 86 dirigentes. Entre o primeiro pedido, de outubro, e os novos, de novembro, o número de assinaturas subiu. Eram 78 na primeira solicitação.

A liderança da movimentação para destituir Gomes é atribuída ao ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que ficou 17 anos no comando da entidade da indústria.

Fonte: FOLHAPRESS