Os servidores dos setores administrativos e responsáveis pela gestão da Saúde, em Juína (720 km de Cuiabá) ainda não foram vacinados contra o Covid-19, o atraso se dá devido a um entendimento da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Juína. No intuito de garantir a imunização dos trabalhadores, o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (SISMA/MT) levou a questão ao titular da Secretaria de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, na sexta-feira, dia 16.
O Sindicato já havia solicitado a intervenção da SES/MT em fevereiro para que os trabalhadores fossem vacinados, e em março, foi informado pelos servidores do Escritório Regional de Saúde (ERS), que o imbróglio continuava e por isso, o assunto foi levado ao titular da pasta. Nesta semana, o SISMA também recorreu à Justiça, que por sua vez, solicitou manifestação ao Ministério Público sobre o assunto.
“Estamos trabalhando para resolver essa grave distorção de entendimento. Pois a qualidade do atendimento da população também depende dos profissionais que realizam a regulação de leitos, dispensam de medicamentos e insumos, entre outas funções, atendendo sete municípios de abrangência da região. E por isso ser o correto, já conseguimos a vacinação desses servidores em todo o Estado, com exceção de Juína”, comentou Carmen Machado.
De acordo com o relatado, o entendimento da Promotoria de Juína, é que os servidores do “grupo prioritário” para a vacinação são apenas os profissionais da “linha de frente” que atuam nos Hospitais e Unidades de Saúde e com acesso direto aos pacientes, e os demais trabalhadores somente serão vacinados após o encerramento da imunização dos idosos, o que inclui todos acima de 60 anos.
Entendimento que é contrário ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 instituído pelo Ministério da Saúde e com validade em todo país, bem como das resoluções do Comissão Intergestora Bipartite (CIB) e Notas Técnicas do Ministério da Saúde e Estadual.
“Estou agendando reuniões para solucionar essa questão que se trata de uma decisão isolada. Sendo que a orientação do Ministério da Saúde é de vacinar esses trabalhadores”, concluiu o secretário Gilberto Figueiredo.