Atriz pornô há cinco anos, Bianca Naldy decidiu disputar uma vaga de deputada na eleição deste ano. O partido que lhe abriu as portas para a política foi o Agir, nome recém-adotado pelo antigo Partido Trabalhista Cristão (PTC). Ela busca uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Naldy afirma que o eleitorado cristão não verá problema no fato de uma atriz de filmes adultos concorrer por um partido ligado à religiosidade.
“Sexo é de Deus. Foi Deus que criou o sexo. Até os animais têm necessidade de sexo. Tem gente que, por hipocrisia, me critica pelo que faço. A única diferença é que faço em frente às câmeras. Pago minhas contas e não passo por cima de ninguém”, diz a artista, que já foi evangélica, mas hoje não segue nenhuma doutrina.
A legenda já abrigou, entre outros, Fernando Collor no período em que ele se elegeu presidente do Brasil. À época, o nome da sigla era Partido da Reconstrução Nacional (PRN).
Naldy diz que o interesse na política surgiu após ser indagada sobre o assunto em um podcast.
“Me perguntaram o que eu achava da política e o que faria se recebesse um convite. Falei: ‘por que, não?’ Dali, me chamaram a participar como candidata. Aceitei porque a política faz parte de tudo na nossa vida. Com R$ 100, não se compra mais nada. Nem no mercado nem no posto de gasolina. A política está em tudo”.
Antes de ingressar no segmento pornográfico, Naldy foi guarda municipal e técnica em enfermagem. Ela diz que o lema de sua campanha será “família, saúde, educação e o bem-estar do povo”.