A servidora Elizabete Maria de Almeida, que trabalha no Hospital Municipal São Benedito, teria participado de uma armação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre uma suposta denúncia de compra de votos pra cassar o mandato do vereador Abílio Júnior (PSC), que enfrenta um processo de cassação na Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá.

Elizabete prestou depoimento na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), na manhã desta terça-feira (07).

Segundo o site Mídia News, a servidora teria admitido que participou de uma armação contra o prefeito. Ela teria entregado gravações ao delegado José Ricardo Garcia Bruno, responsável pela Defaz, sendo uma delas um encontro que teve com o vereador Abílio Júnior em um hotel, um dia antes de registrar boletim de ocorrência contra o prefeito, junto com quatro advogados.

Em novembro de 2019, Elizabete denunciou uma suposta compra de votos do prefeito para cassar o mandato do vereador Abílio Júnior (PSC), que enfrenta um processo de cassação na Câmara de Cuiabá, que teria ocorrido durante uma festa na casa do vereador Jucá do Guaraná (Avante), no condomínio Belvedere.

O advogado da servidora, Emerson Marques, confirmou  o depoimento dela na Defaz, mas não comentou sobre as declarações devido às investigações ocorrerem em segredo.

Outro lado

O vereador Abílio Júnior ressaltou o sigilo da investigação e questionou as declarações da servidora.

“Uma semana ela fala que estão armando contra mim, agora fala que está armando contra o prefeito. Ela fala que tinha prova para entregar para polícia e agora ela está falando isso de mim? Com que prova? Esse negócio está muito bagunçado, não sei o que está acontecendo”, disse Abilinho.

Denúncia

A denúncia sobre possível compra de votos fez com que o prefeito Emanuel Pinheiro procurasse a Assembleia Legislativa para fazer outra denúncia sobre possível uso político da Defaz para tentar prejudicá-lo.

Segundo a denúncia do prefeito, ele recebeu a informação de que o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval, estaria pressionando os delegados Anderson Veiga e Lindomar Toffoli para agilizar a investigação contra ele por suposta compra de apoio de vereadores para cassar o mandato de Abílio.

Eles teriam negado dar seguimento às investigações por isso teriam sido transferidos para Delegacia Metropolitana.

Pedido de desculpas

Em dezembro, Abílio usou a tribunal para pedir desculpas a Juca e sua família por terem sido expostos após a divulgação de denúncia de possível compra de votos que teria ocorrido na casa do parlamentar.

O vereador disse que refletiu sobre o assunto e, apesar de não conseguir reverter o caso, já que foi ele quem acompanhou a denunciante, uma servidora pública do Hospital São Benedito, até a delegacia para protocolar a denúncia.

Ele comentou que irá colocar uma “pedra” sobre o assunto mesmo que o Legislativo tome uma medida drástica contra ele.

(As informações são do site Mídia News)