A Confederação Brasileira de Futebol vai acrescentar duas novas câmeras na operação do árbitro de vídeo na Série B do Campeonato Brasileiro. A solicitação foi feita pela Associação Nacional de Clubes no Conselho Técnico realizado nesta sexta-feira. A inclusão das novas câmeras depende de ajustes na parte técnica, mas a ideia é que a mudança passe a valer a partir das próximas rodadas.

Em nota publicada após o Conselho Técnico desta sexta, o presidente da Associação Nacional de Clubes, Francisco Battistotti, que também preside o Avaí, confirmou o pedido.

– Somos gratos à CBF pela acolhida à nossa reivindicação anterior, mas observamos que o numero atual de câmeras não oferece segurança para as decisões da equipe de arbitragem, o que nos faz apelar mais uma vez, no sentido de que nossos clubes não sejam prejudicados – disse.

No final de julho, a CBF confirmou a utilização da ferramenta a partir do início do segundo turno da Série B e também nas fases finais das Séries C e D deste ano. Em poucas rodadas, porém, alguns episódios marcaram negativamente o uso da tecnologia na Segundona.

Árbitro foi chamado pelo VAR para rever o lance — Foto: Gabriel Duarte/Globoesporte.com

Árbitro foi chamado pelo VAR para rever o lance — Foto: Gabriel Duarte/Globoesporte.com

Polêmicas na Série B

No início de setembro, na partida entre Vasco e Brasil de Pelotas, o gol do atacante Daniel Amorim foi anulado pelo auxiliar Cipriano Sousa. O árbitro Alisson Furtado, então, aguardou a revisão do VAR. Três minutos depois, confirmou o impedimento. Porém, as linhas não foram traçadas pelo árbitro de vídeo.

De acordo com a CBF, “questões técnicas” causaram o problema. Entre os ângulos das câmeras disponíveis na transmissão, não houve imagem que permitisse ao árbitro de vídeo traçar as linhas do impedimento e, portanto, seguindo o protocolo do VAR, a marcação do árbitro principal foi mantida. O gol foi em posição legal, conforme opinião da Central do Apito.

Na última quinta-feira, o gol de Marcelo Moreno, do Cruzeiro, foi anulado após mais de 13 minutos de paralisação. De acordo com Paulo César de Oliveira, da Central do Apito, as imagens utilizadas não esclareciam a infração.

– Não consigo definir, com todas essas imagens, se a bola bate no braço, se é só um movimento, ou se a bola bateu no ombro do jogador. Não consigo cravar que a bola bateu efetivamente no braço do Marco Antônio – afirmou. (Globo Esporte)