Um estudo do CIES Football Observatory (Centro de Estudo Internacional do Esporte) aponta, mais uma vez, o Brasil entre os piores colocados no ranking de trocas de técnico. As Séries A e B do Brasileirão estão no Top-10 das ligas com menores médias de permanência de treinadores.
Com 104 dias de média, a Segundona ficou na sétima posição da lista. O Brasileirão é o nono, com 120 dias, segundo o levantamento. No ano passado, a Série B ficou no topo do ranking, e a Série A apareceu na 17ª posição.
O estudo analisou 1866 times, de 126 ligas de 89 países diferentes de todo o mundo, entre primeiras e segundas divisões. Os dados foram levantados no início de março e levaram em conta o tempo de cargo dos treinadores de cada um dos torneios em questão.
Os sul-americanos estão com os piores índices da lista. A elite do Peru, com 76 dias de média, a Segunda Divisão do Chile, com 82, e a primeira divisão boliviana, com 95, foram o pódio das ligas que mais trocam treinadores.
Na outra ponta, estão as primeiras divisões da Irlanda do Norte (1066 dias) e Hong Kong (809), e a a USL, liga secundária dos Estados Unidos, com 790 dias. Das cinco grandes ligas da Europa, apenas a Espanha aparece no Top-20:
19º LaLiga (Espanha): 448 dias
33º Premier League (Inglaterra): 332 dias
38º Ligue 1 (França): 276 dias
39º Bundesliga (Alemanha): 276 dias
62º Serie A (Itália): 243 dias
Quase 77% dos técnicos do Brasileirão está há menos de seis meses no cargo, e nenhum deles está há mais de dois anos no comando de um clube. O mais longevo é Maurício Barbieri, treinador do Bragantino desde setembro de 2020. A Premier League, por exemplo, tem 45% de seus técnicos há mais de dois anos no comando do clube atual.