Na semifinal do Mundial de Clubes, o técnico Jorge Jesus testará o sucesso do Flamengo diante de outro time que ele próprio montou, o Al Hilal, da Arábia Saudita. O desafio particular do treinador que renovou o futebol no País está marcado para esta terça-feira, às 13h30 (horário de MT, com TV Globo e SporTV), no Catar e carrega o destino da “nação” rubro-negra. Existe grande expectativa para que a equipe chegue à final e busque o bicampeonato após 38 anos. Caso se classifique, o time vai aguardar o vencedor do confronto entre Liverpool e Monterrey, que será realizado nesta quarta.
Jesus admitiu que será especial reencontrar os jogadores do último clube que dirigiu antes de vir ao Brasil. O treinador foi o responsável pela formação do elenco e montou a espinha dorsal da equipe. “Ajudei o Al Hilal a formar essa equipe. Hoje, não tenho nada a ver com o Al Hilal, a não ser o carinho dos jogadores. Um deles é o Gomis. E como é o destino. Falamos que iríamos nos encontrar no futebol e nos encontramos”, comentou o treinador referindo-se ao francês que classificou o time saudita ao fazer o gol da vitória sobre o Espérance.
Jesus evitou fazer comentários sobre o Liverpool, provável rival numa hipotética rival. Coincidentemente, os ingleses foram os rivais na decisão de 38 anos atrás. “No Brasil, fala-se muito do Liverpool e esquecem que temos um jogo antes. Esquecem por ser um time saudita, não ser da Europa, não sendo muito valorizado”, afirmou.
O Flamengo possui um antídoto importante para eventuais momentos críticos no jogo: a experiência europeia. Rafinha e Filipe Luís fizeram suas carreiras praticamente inteiras no Velho Continente. Além dos laterais, Diego Alves e Diego Ribas e o espanhol Pablo Marí, Gerson, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa também estiveram em terras estrangeiras.
O Flamengo chega em alta ao Mundial. Embora irregular em alguns momentos do primeiro semestre, o Flamengo conquistou o título do Campeonato Carioca. Depois, na segunda metade do ano, venceu com folga o Campeonato Brasileiro e ainda faturou a Libertadores em uma emocionante decisão contra o River Plate. Ao lado do argentino Jorge Sampaoli, que na última temporada dirigiu o Santos e está atualmente está sem clube, Jesus conseguiu estabelecer um padrão de ofensividade admirado em todo o País.
A edição de 2019 do Mundial é a penúltima a ser disputada por sete clubes, pois a Fifa vai alterar o formato de disputa da competição a partir de 2021, com a participação de 24 times. A periodicidade também vai mudar: o torneio será realizado de quatro em quatro anos. Para Jesus, o torneio vai ficar mais difícil de ser conquistado. (Terra)