A pandemia por causa do coronavírus causou prejuízos para lá do que se imaginava no Operário. O time de Várzea Grande sofreu um verdadeiro ‘desmonte’ e, sem receber dos patrocinadores, terá que contar com a sorte para ter um bom time visando o Campeonato Brasileiro da Série D deste ano. Alguns jogadores que estavam no elenco do Campeonato Estadual saíram e não devem retornar ao clube. O próprio técnico, Luiz Gabardo Júnior com toda a sua comissão técnica, retornaram para o Rio Grande do Sul e não devem voltar a Várzea Grande.

Lamentando essa situação crítica e as condições financeiras do Operário, devido à interrupção do repasse do dinheiro de patrocinadores, o presidente do clube, Éder Taques foi taxativo durante entrevista à imprensa: “Infelizmente hoje não temos condições de fazer proposta para ninguém, já que dependemos de dinheiro. Devido à pandemia, os atletas foram todos liberados. Não ficou jogador com contrato com o clube, assim, eles estão livres para jogar em outro clube. Apesar disso, o creio que vamos participar da competição”. Na pior das hipóteses, o Operário pode montar um elenco barato, com com jogadores da própria região para disputar a Série D.

Éder Taques entende que a prioridade agora é definir a comissão técnica e elaborar uma lista de possíveis jogadores para a Série D. O único contrato vigente é do atacante Weverton, que foi submetido à cirurgia e faz sua recuperação no próprio clube.

Para agravar a situação do Tricolor, o diretor Roberto Moraes, que estava à frente do elenco no Estadual, agora está se dedicando ao Boa Esporte – que tinha uma parceria com o Operário – clube que vai disputar a Série C do Brasileiro. “Não vamos contar com ele desta vez”, lamenta Taques.

O clube espera a liberação de jogadores de outros times para poder ter um grupo para a Série D. “Porém, o que mais nos preocupa hoje não é a formação de um time, mas se teremos condições de pagar os jogadores”, afirmou o dirigente, lembrando que os patrocinadores deixaram de contribuir com o clube durante a pandemia – em comum acordo -, mas poderão voltar a contribuir com o retorno do time aos campos.

Na disputa da Série D, o Operário será um dos últimos a estrear. O primeiro jogo estava programado para o dia 19 de setembro contra o CRAC (Goiás), valendo pela primeira rodada, no entanto, essa equipe desistiu de disputar o campeonato. Assim, a estreia será na segunda rodada contra o time do Goianésia no dia 26 de setembro, em casa.

Junto com o Operário no grupo A5 estão Águia Negra (MS), Goiânia (GO), Goianésia (GO), Vitória (ES) e União de Rondonópolis. Ainda fará parte dessa chave mais um time, cuja vaga será disputada entre Real Noroeste (ES) e Aquidauanense (MS), na fase preliminar.

O Operário deve disputar o jogo de volta do ‘mata-mata’ contra o Dom Bosco em seu estádio, o Dito Souza.

Estadual

Além da Série D, o Operário ainda terá nesta temporada a reta final do Campeonato Mato-grossense, que deve acontecer a partir de novembro – a FMF ainda não definiu quando será o retorno. Classificado para as quartas de final, o Tricolor vai enfrentar o Dom Bosco em dois jogos ‘mata-mata’. O primeiro duelo está previsto para a Arena Pantanal e a partida de volta no estádio Dito Souza, em Várzea Grande. Quem passar desse confronto, enfrentará o vencedor de Poconé e União.

As quartas de final serão complementadas com os jogos Cuiabá x Luverdense e Nova Mutum x Sinop. Pelo chaveamento da disputa, se o Operário avançar nas próximas duas fases pode se reencontrar com o Dourado – se o mesmo também avançar – na decisão em uma reedição da grande final do Estadual do ano passado.

Jogos das quartas de final do Estadual (ainda sem data e horário)