O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, atribuiu à postura da população o fracasso na cobertura vacinal de alguns municípios. Segundo ele, resultado parcial de um estudo levantou alerta com relação à imunização em Mato Grosso, que tem 450 mil doses de vacina represadas. O secretário também adiantou que esses municípios devem ser convocados para discutir suas respectivas estratégias de vacinação.
“Um número grande de municípios tem abaixo de 50% de cobertura vacinal da covid. Nós temos 450 mil doses de vacina estocadas na nossa central e muitas doses na mão dos municípios. Vamos fazer uma convocação dos municípios para abordar esse assunto”, explicou.
Para o secretário, a desaceleração na vacinação está diretamente ligada aos efeitos positivos advindos das vacinas, como a redução de internação e mortes, e que já são sentidos pela população. O Estado, entretanto, está longe de atingir a marca de 90% de vacinados, o que garantiria tranquilidade.
“É um conjunto, esse negacionismo de algumas autoridades e a acomodação da população, porque como caiu o número de óbitos e o número de internados, dá-se a impressão de que a pandemia já acabou. São várias condicionantes, mas eu acredito que a principal delas é a falta de interesse da população. Quando não tínhamos vacinas disponíveis, o número de instituições e categorias que se colocavam como prioritários era imenso, agora, com a vacina disponível, existe um percentual imenso da população que nem está preocupado em se vacinar”, ponderou.
FESTAS DE FIM DE ANO
Gilberto também voltou a criticar os prefeitos que mantiveram as festas públicas de final de ano, a exemplo de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá). A preocupação é de que com as aglomerações e com a chegada de uma nova variante do vírus, a ômicron, a disseminação da covid-19 ganhe força.
“[O prefeito] foi eleito, está investido no cargo, tem autonomia para tomar suas decisões e tem responsabilidade pelas consequências que isso pode gerar. Eu prefiro que isso se evite. Estamos com 58% da nossa população com duas doses, temos um caminho longo a percorrer. Nós queremos ficar vulneráveis como já estivemos ao longo dessa pandemia?”, concluiu.