A Secretaria Adjunta de Comunicação (Secom), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses), está disponibilizando duas cartilhas aos jornalistas de todo o estado como uma das ações previstas para o Setembro Amarelo.

As cartilhas são do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) e estão disponíveis em um menu fixo no site do Governo do Estado (veja aqui).

Elas orientam de forma prática como o tema “suicídio” deve ser tratado na mídia. Além da disponibilização online, os conteúdos foram enviados via email aos veículos de comunicação de todo o estado.

Equipes da Ses e da Secom também irão visitar o maior número possível de redações durante este mês para levar a cartilha impressa e conversar sobre o tema com os profissionais.

O objetivo é auxiliar os jornalistas a tratarem o assunto de forma correta e preventiva, uma vez que a mídia pode ser grande parceira para desconstruir estigmas relacionados ao suicídio e disseminar estratégias de prevenção.

Também foi disponibilizado um texto orientativo, cuja recomendação é que seja usado em todas as matérias que abordarem o tema, contendo as principais informações e esclarecimentos.

Confira o texto orientativo:

O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes escolaridades, etnias, credos, idades, classes sociais, etc. Não é possível citar apenas um fator como a causa do suicídio.

A melhor forma de prevenção é a promoção da saúde: não é preciso esperar alguém mencionar a ideia suicida para só então buscar ajuda.

Não há uma “receita” para detectar seguramente uma crise suicida em uma pessoa próxima. Entretanto, alguns sinais devem ser observados, principalmente se eles se manifestam ao mesmo tempo, a exemplo de melancolia, sofrimento e manifestações verbais desesperançosas perto de vizinhos, familiares ou amigos próximos. 

Não é verdade que quem ameaça não comete o ato. Ao falar sobre esse assunto de forma respeitosa e acolhedora, você pode descobrir como ajudar ela a suportar sentimentos muitas vezes angustiantes. Não deixe a pessoa sozinha e procure ajuda, pois a vítima de sofrimento mental/emocional nem sempre sabe como pedir ajuda.

As Unidade Básicas de Saúde e Policlínicas possuem, de diferentes formas, equipes de saúde que podem acompanhar pessoas em sofrimento mental. Caso seja necessário um serviço especializado em saúde mental, os próprios profissionais encaminharão e farão a regulação.

Há municípios que possuem CAPS (infanto-juvenil, para transtornos mentais e dependência química), que são serviços abertos especializados que não exigem regulação ou encaminhamento, ou seja, são portas abertas. Você pode dirigir-se diretamente para lá com a pessoa em sofrimento, em horário comercial. 

A pessoa que tenta suicídio deve ser levada a um serviço de Urgência e Emergência do SUS (UPA ou Pronto Socorro), para os primeiros atendimentos. 

No momento da alta, essa pessoa deverá ser encaminhada aos serviços de Atenção Primária (Unidades Básicas de Saúde, Posto de Saúde ou Estratégias Saúde da Família) município-bairro onde a pessoa reside, para dar continuidade ao acompanhamento. Caso o município possua CAPS (serviço especializado aberto), os profissionais da Atenção Primária devem referenciá-los aos serviços especializados e manter o cuidado em atenção primária continuado.

Para regular alguém para os serviços de internação especializados referências em saúde mental do Estado de MT, o profissional de saúde deve ligar para os telefones:

– SEAC – Setor de Atendimento à Crise: (65) 3661-1990

– Unidade 3 do CIAPS Adauto Botelho: (65) 3661-4381

Telefones úteis à população:

– Emergência SAMU 192

– Centro de Valorização da Vida – CVV 188 (ligação gratuita) ou www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail.

Não divulgue casos de suicídio em redes sociais, pois quem está em dúvida pode ser influenciado. Divulgue sim maneiras ou serviços relativos ao cuidado.