Afastado do Botafogo desde o dia 23 de setembro, Gatito Fernández ainda não tem prazo para voltar ao Botafogo. A expectativa era de que o goleiro atuasse antes da virada do ano, mas não foi possível. O paraguaio, em recuperação de edema ósseo no joelho direito, está no processo de transição e empenhado em voltar a jogar, mas ainda sente dores.
Pelo Campeonato Brasileiro, o último jogo de Gatito foi no dia 20 de setembro, o empate em 0 a 0 com o Santos em casa. Três dias depois, ele esteve em campo no também empate sem gols com o Vasco, que classificou o Botafogo às oitavas de final da Copa do Brasil.
Na última entrevista coletiva de 2020, o técnico Eduardo Barroca disse que Gatito ainda está no processo de transição e precisa cumprir mais etapas da recuperação antes de voltar.
– Tem se especulado muito sobre o Gatito, e a realidade é que não existe previsão nenhuma a curto prazo. O Gatito ainda sente dor no joelho, ainda está entregue à transição e é goleiro, então precisa fazer movimentos específicos. Ele está se esforçando, está no clube de manhã e de tarde, querendo estar junto com a gente e ajudar, é um jogador comprometido, mas não está 100%.
Gatito esteve afastado dos gramados no momento mais crítico do Botafogo. Com apenas oito jogos no Brasileirão, o goleiro viu de longe a situação do time se agravar no campeonato com a luta pela permanência na Série A.
Incômodo nos bastidores
Depois do jogo com o Vasco, o goleiro ainda teve uma última participação antes da lesão no joelho direito se agravar, mas pela seleção paraguaia. Convocado para os jogos contra Peru e Venezuela, pelas eliminatórias da Copa, Gatito jogou no dia 8 de outubro, contra os peruanos. Na ocasião, o ge apurou que o atleta reclamou de dores no intervalo e foi medicado para terminar a partida.
A situação causou desconforto no departamento médico do Botafogo, que ainda não havia liberado Gatito para atividades de impacto e enviou um relatório ao médico da seleção do Paraguai sobre a lesão pedindo que o goleiro fosse cortado da relação de convocados antes mesmo da partida contra o Peru. O documento foi acompanhado com as imagens mostrando o edema ósseo.
Com o joelho sobrecarregado, o goleiro não participou do segundo jogo do Paraguai, no dia 13 de outubro, contra a Venezuela. Por ter pulado algumas etapas da recuperação, acredita-se que a lesão tenha se agravado.
A lesão de Gatito abriu espaço para Diego Cavalieri, que tem 24 jogos na temporada, um a mais que o paraguaio. O bom ano do veterano de 38 anos fez o Botafogo estender seu vínculo até o fim de 2021, com aumento salarial. O contrato de Cavalieri se encerraria no fim de dezembro passado.
Último jogo de Gatito Fernández pelo Botafogo foi contra o Vasco, pela quarta fase da Copa do Brasil — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Futuro de Gatito no Botafogo
Ao longo de 2020, surgiram conversas de que Gatito poderia deixar o clube neste ano e de que seus empresários estariam procurando outras possibilidades para o goleiro em 2021. Nenhuma proposta chegou ao Botafogo, e o paraguaio não indicou intenção de deixar o time.
Por outro lado, a reportagem ouviu que o futuro de Gatito no Botafogo depende da permanência na Série A. Caso o time seja rebaixado, dificilmente o goleiro continuaria no clube.
Em 2019, o ge trouxe que o goleiro estava incomodado por falta de diálogo para discutir plano de carreira ou valorização. O paraguaio de 32 anos tem contrato até 30 de dezembro de 2021, mas esperava um contato do clube para um projeto de longo prazo.
O Botafogo diz que uma possível extensão do contrato só vai ser negociada no ano que vem. Pela situação complicada do clube, dentro e fora de campo, esse não é o momento de negociar com Gatito ou outros jogadores que ainda têm contrato a cumprir. (Globo Esporte)