Depois de um ano de ausência, a São Silvestre está de volta ao calendário esportivo brasileiro. Nesta sexta-feira, 31 de dezembro, será disputada a 96ª edição da tradicional prova de 15km pelas ruas de São Paulo, desta vez com uma série de protocolos sanitários. Os cerca de 20 mil atletas inscritos terão que apresentar comprovante de vacinação e precisarão usar máscara ao menos na largada, na chegada e na dispersão.

O evento, que abre a temporada do Verão Espetacular, terá transmissão ao vivo da TV Globo a partir de 7h30, com elite feminina partindo às 7h40, e a elite masculina e o pelotão geral às 8h05 (horários de Brasília). O ge acompanha todas as emoções em Tempo Real.

Grazieli Zarry e Daniel Nascimento, nas pontas, com os quenianos Elisa Rotich e Sandrafelis Chebet e o etíope Belay Bezabh: destaques da São Silvestre 2021 — Foto: Divulgação

A segurança dos participantes é considerada prioridade pela organização. A retirada dos kits, feita até esta quinta, só era possível com apresentação do comprovante de vacinação. Quem tem o esquema de imunização incompleto, com apenas uma dose (para vacinas que exigem duas, como Coronavac, Astrazeneca e Pfizer), precisa apresentar ainda teste RT-PCR negativo realizado 48h antes ou teste antígeno com validade de 24h.

O uso de máscara de proteção também será obrigatório na largada, na chegada e na dispersão, podendo acarretar exclusão do atleta que descumprir a regra. Ao longo do percurso o uso é recomendado, porém facultativo. Não haverá público.

Última edição da São Silvestre foi disputada em 2019. 2020 não teve evento devido à pandemia de Covid-19 — Foto: Marcos Ribolli

Última edição da São Silvestre foi disputada em 2019. 2020 não teve evento devido à pandemia de Covid-19 — Foto: Marcos Ribolli

Para esta edição, segue a expectativa sobre o fim do jejum de títulos do Brasil. As últimas conquistas foram em 2006, no feminino, e em 2010, no masculino. A maior esperança recai sobre Daniel Ferreira do Nascimento, representante do país na maratona nas Olimpíadas de Tóquio.

– Estou projetando melhorar minha marca, esses 46m32. Isso dá mais ou menos três minutos e meio por quilômetro. A prova será muito tática, vai depender também do clima, se vai estar quente, se vai estar úmido. Eu quero começar a correr na segunda parte da prova, porque é onde começa a São Silvestre, a parte mais difícil, depois que passa aquela ponte. Espero me posicionar muito bem, com a prova se desenhando, porque todos os que estão ali entram para vencer – disse Daniel.

Daniel Nascimento e Grazieli Zarry na coletiva da São Silvestre 2021 — Foto: Divulgação

Daniel Nascimento e Grazieli Zarry na coletiva da São Silvestre 2021 — Foto: Divulgação

Ederson Vilela, ouro nos 10.000m no Pan de Lima 2019, Giovani dos Santos, hexacampeão da Volta da Pampulha, e Wellington Bezerra, 18º na Maratona de Hamburgo de 2019, são outros nomes relevantes. Os veteranos Emerson Iser Bem, campeão da prova em 1997, e Marílson dos Santos, tricampeão e justamente o último brasileiro a vencer, em 2010, também vão correr, mas entre os amadores.

Belay Bezabh, vencedor da São Silvestre 2018 — Foto: Marcos Ribolli

Belay Bezabh, vencedor da São Silvestre 2018 — Foto: Marcos Ribolli

A missão, no entanto, será dura. Dentre os 21 atletas de elite confirmados está o etíope Belay Bezabh, campeão da São Silvestre em 2018 e considerado favorito para esta edição. O queniano Elisha Rotich, campeão da Maratona de Paris em 2021, é outro bem cotado.

A elite feminina terá 20 atletas, com a queniana Sandrafelis Chebet em busca do bicampeonato. Ela venceu o evento em 2018. Dentre as brasileiras, os destaques são Grazieli Zarry, melhor brasileira (11ª) da última São Silvestre, Andreia Hessel, campeã da Maratona Internacional de São Paulo de 2018, e Tatiele de Carvalho, pentacampeã dos 10.000m no Troféu Brasil de Atletismo. (GE)