Representado por Raí e Alexandre Pássaro, o São Paulo foi à CBF nesta quinta-feira para debater os erros de arbitragem em que o clube considera ter sido prejudicado no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.

Lances de três jogos foram foco da conversa com Leonardo Gaciba, chefe da Comissão de Arbitragem da CBF:

  • Possível agressão de Jô, do Corinthians, no zagueiro Diego Costa, em jogo válido pela sexta rodada do Brasileirão;
  • Lance de impedimento em gol anulado de Luciano contra o Atlético-MG, pela sétima rodada do Brasileirão;
  • Tempo de acréscimo no jogo contra o Fortaleza e possível pênalti no último minuto de jogo, na última quarta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Caso Jô

O São Paulo acredita que no lance em questão, o atacante Jô, do Corinthians, deveria ter sido expulso por um soco dado no zagueiro Diego Costa. O VAR da partida olhou o lance de forma errada, e sequer o jogador corintiano foi advertido.

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Na reunião desta quinta-feira, Leonardo Gaciba, em nome da Comissão de Arbitragem, considera que realmente houve um equívoco e que Jô deveria ter sido expulso. O lance foi computado para a estatística da comissão como erro.

Depois do jogo, o São Paulo entrou com um pedido para a revisão do lance, e Jô foi punido com um jogo de suspensão por “ato hostil”.

Impedimento de Luciano

O assunto mais urgente da reunião era o impedimento de Luciano marcado no jogo contra o Atlético-MG, na sétima rodada do Brasileirão. O lance causou muita polêmica e irritação na diretoria são-paulina.

Na ocasião, o jogo ainda estava 0 a 0, e o atacante do São Paulo abriu o placar após cruzamento de Tchê Tchê. A arbitragem acionou o VAR, que utilizou a tecnologia das linhas para definir o impedimento e considerou posição irregular.

Gerente executivo de futebol do São Paulo, Alexandre Pássaro afirmou que na reunião desta quinta o áudio da partida foi ouvido, e o erro foi explicado pela Comissão de Arbitragem da CBF.

– Ouvimos o áudio do jogo, e o [Rafael] Traci (árbitro de vídeo da partida) erra ao marcar a linha do defensor. A orientação é que marque o ponto mais próximo da linha de fundo na parte externa do ombro. Na hora de marcar a linha do jogador do Atlético-MG, ele colocou a linha na parte interna no braço. Se tivesse colocado onde manda a orientação, estaria na mesma linha – afirmou Pássaro em contato com o ge.

Depois desse lance, Rafael Traci apitou jogos da Série B e ficou fora de algumas escalas de arbitragem no Brasileirão.

Confusão contra o Fortaleza

Por fim, a diretoria do São Paulo pediu explicações sobre o jogo da última quarta-feira, no empate em 3 a 3 com o Fortaleza, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Rodolpho Toski Marques fez uma arbitragem confusa e no primeiro tempo parou o jogo por quase 11 minutos para revisão de um lance no VAR. Ao dar os acréscimos, ele assinalou apenas nove minutos.

– Acompanhamos que o jogo ficou parado por 10 minutos e 50 segundos (pelo VAR), mais dois minutos pela expulsão do Carlinhos, mais substituições. Foi um verdadeiro absurdo os acréscimos, porque a gente estava com dois jogadores a mais e pressionando. Ele nos sacou no mínimo 5 minutos. A Comissão de Arbitragem confessa que o arbitro se equivocou nos acréscimos – afirmou Alexandre Pássaro.

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A comissão, porém, não viu erro na decisão tomado de um possível pênalti para o São Paulo no último minuto de jogo, quando o jogador do Fortaleza toca com a mão na bola. Para Leonardo Gaciba, o lance não era para penalidade.

O São Paulo reiterou o descontentamento da não marcação e considera que houve sim a infração. A Comissão de Arbitragem disse que segue buscando as melhorias no nível da arbitragem e que o clube paulista pode acioná-los quando for necessário.

Mudanças na escala e calendário

Por coincidência, o próximo jogo do São Paulo, sábado, contra o Grêmio, no Morumbi, teria a arbitragem de Rafael Traci (árbitro de vídeo no caso Luciano) e no comando do VAR a presença de Rodolpho Toski Marques (árbitro de campo no jogo contra o Fortaleza).

O clube solicitou, então, que fosse trocado ao menos o árbitro de vídeo, já que a polêmica partida contra o Fortaleza foi muito recente. E o pedido foi acatado nesta quinta-feira. No site da CBF, Elmo Alves Resende Cunha já aparece na escala.

Rafael Traci, por sua vez, não será substituído, visto que o incidente contra o Atlético-MG ocorreu há mais de um mês e o árbitro recebeu as punições devidas pelo erro.

Por fim, o São Paulo discutiu com Manoel Flores, diretor de competições da CBF, sobre o calendário dos próximos jogos do clube na Copa do Brasil e Brasileirão.

Caso o Tricolor avance na Copa do Brasil e consiga a vaga na Copa Sul-Americana, as datas das duas competições vão se confrontar, podendo atrapalhar todo o planejamento do clube. A CBF disse que irá estudar as possibilidades de datas para não haver prejuízo nesse sentido. (Globo Esporte)