Feliz, contente, mas contido na comemoração. Com sorriso no rosto, Jorge Sampaoli foi jogado para o alto pelos jogadores do Atlético-MG, após o título mineiro neste domingo (veja os lances da vitória contra o Tombense acima). Mas, serenamente, deixou o gramado de jogo e entrou no vestiário. Para o treinador argentino, o primeiro título em solo brasileiro causa orgulho. Mas também exerce outro papel no ponto de vista da instituição.

O Atlético não era campeão mineiro desde 2017, não vencendo outro troféu nesses mais de três anos de jejum. Foi campeão de taça nacional pela última vez em 2014. O projeto é ousado, a presença de Sampaoli é prova disso. E o técnico argentino quer mais.

“Que seja um pontapé para que esta instituição se lembre todo tempo que tem que ganhar coisas”.

– É responsabilidade dos jogadores, do corpo técnico, dos dirigentes, do presidente, fazer cargo dessa grande instituição. É esse caminho que temos que ir. É um grande começo no ciclo, e seguramente tem que acompanhar ele com um montão de fortaleza e, basicamente, com a capacidade gerencial que precisa estar em cima do time, para que siga crescendo, para que seja forte, respeitado – afirmou o treinador, após a conquista.

Sampaoli analisou a conquista do Atlético, lembrando que chegou em março, quando o Galo estava com campanha ruim no Estadual, e com duas eliminações seguidas: Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. A equipe conseguiu a classificação no Mineiro, em terceiro lugar. Na semifinal, eliminou o América-MG com duas vitórias, repetindo os triunfos diante do Tombense.

– Para mim, é orgulho estar neste país e conquistar um título. Onde este grupo de jogadores havia estado quase fora da classificação. Isso nos custou muito. Paralelamente com a disputa do Brasileiro, conseguimos um título difícil, contra equipe estruturada, difícil. (Globo Esporte)