O inverno chegou e com ele vem o alerta para um possível racionamento de energia caso os reservatórios indiquem insuficiência para enfrentar a seca. Isso levou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a aumentar em 52% o custo da bandeira tarifária patamar 2 nas contas de luz.
A partir do mês de Julho, para cada 100 quilowatts-hora consumidos, será cobrado o valor de R$ 9,49. Para as famílias, reduzir o custo da conta de energia pode ser fundamental para diminuir a pressão sobre o orçamento doméstico.
Fazer controle mensal de gastos
Na casa do metalúrgico Jason Garcia de Oliveira, morador do Parque do Carmo, na zona leste de São Paulo, a economia não é só por apelo financeiro. Eu faço pensando também nos recursos naturais”, diz.
Jason mora com a esposa e as duas filhas. E a sua família mantém um eficiente controle de gastos. “Eu sempre acompanho o consumo da energia da minha residência. Se eu estiver assistindo televisão na sala, eu apago as luzes. Alguns eletrodomésticos não tem a necessidade de ficarem ligados. Eu só ligo quando eu estiver usando.”
Segundo Heverton Bacca, coordenador de engenharia elétrica do Centro Universitário Facens, em Sorocaba (SP), esse tipo de controle é muito eficiente para a economia de energia.
“Se você não observa a sua conta, não sabe se está gastando mais ou menos. Então é importante que você faça, se possível, uma planilha com os últimos 24 meses de consumo. Assim pode observar se está consumindo mais, qual mês do ano o consumo é maior”, acrescenta.
Economia e praticidade
Muitas pessoas abriram mão do uso de eletrodomésticos como ferro de passar e micro-ondas. Patricia Camargo é ouvidora e trabalha em um hospital na zona leste de SP. Ela não passa muito tempo em casa, mesmo assim, encontrou uma forma de economizar tempo e energia.
Patrícia passou a usar um volume significativo de roupas que não que não precisam ser passadas. Então o uso do ferro é excepcional. Ao lavar roupas, ela costuma secar as camisetas e camisas no varal usando o próprio cabide. Assim, não amarrotam. Para ela, além de economizar a rotina ganha mais agilidade.
Eletrodomésticos de uso frequente
Diná Aparecida Ekezie mora com o filho de 6 anos na Vila Marilene, zona leste de São Paulo. a conta de energia, normalmente, não passa de R$50. Para isso, evita utilizar o microondas e monitora o tempo de banho.
Para Heverton Bacca, é preciso ficar atento na questão da máquina de lavar, pois dependendo do motor ela pode trazer prejuízos. “O uso da máquina de lavar também é controlado. É no máximo três vezes por semana”, relata a cuidadora.
Dicas para equipamentos que demandam maior energia:
⦁ Ocupar o máximo da capacidade da geladeira é o ideal. Para isso, não é recomendável colocar recipientes quentes, abrir e fechar o equipamento com muita frequência e colocar objetos para secar na parte traseira;
⦁ É importante que tanto a geladeira quanto a máquina de lavar estejam com o selo Procel, indicando ser um equipamento econômico. Se você tiver uma geladeira muito antiga, vale avaliar a troca por um modelo mais eficiente.
⦁ Quando for lavar roupa, é aconselhável acumular o máximo possível de peças.
Investir na iluminação também é vantajoso a longo prazo. “Hoje em dia já vale a pena pensar em fazer a troca das lâmpadas incandescentes e fluorescentes por lâmpadas de LED. Essa tecnologia tem uma economia muito significativa na conta da luz de uma residência”, alerta Heverton Bacca.
Para as famílias maiores, o especialista aconselha considerar um sistema auxiliar de aquecimento de água, como, por exemplo, uso de energia solar.