Para uns, um local de refúgio e uma qualidade de vida melhor. Para outros, uma realidade de possibilidade de investimentos. Assim é Roraima, o estado que é a porta de entrada para os venezuelanos que fogem para o Brasil e para os investidores que pensam em ampliar ou criar um negócio.

O governador Antonio Denarium (PP), inclusive, convida os empresários mato-grossenses a visitarem o Estado e conhecerem as potencialidades de investimento. O mercado de grãos roraimense tem se mostrado cada dia mais fortalecido, destaca o gestor.

“Os produtores de todo o Brasil estão vindo conhecer nosso Estado para fazer seus investimentos. Convido os mato-grossenses a fazerem o mesmo”, diz.

O chefe do executivo estadual comenta que o governo tem feito um mapeamento anual que tem identificado recordes em área plantada e também de produtividade. “Neste ano, estamos colhendo mais de 200 mil hectares de grãos, de soja, milho, arroz e feijão. Uma produção de mais de 700 mil toneladas”, informa Denarium.

A soja, destaca o governador, é o principal produto de exportação do Estado. Em 2018, segundo o gestor, Roraima exportou menos de US$ 20 milhões de dólares. Neste ano, as exportações devem ultrapassar US$ 300 milhões.

“É um crescimento substancial. Roraima também foi o segundo estado do Brasil com o maior crescimento do PIB, e a projeção para 2022 é um crescimento de mais de 7%.
Talvez fechemos o ano com o maior crescimento do PIB nacional”, estima Denarium.

Reestruturação do Estado

O governador explica que essa melhora no cenário roraimense tem acontecido desde 2019 quando assumiu a gestão estadual e passou a atuar com parceria do governo federal. No início do mandato, o Estado tinha nota “D” quanto à capacidade de pagamento. No ano seguinte, subiu para A e tem se mantido nesse índice favorável desde então.

“Isso é a prova que o governo do Estado cumpre com todos os seus compromissos e tem capacidade de investimento”, avalia Denarium.

Durante o governo de Jair Messias Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição agora em 2022, Roraima ganhou também com ações de transferência de terras, que até agora contabiliza mais de cinco mil títulos definitivos urbanos, rurais e industriais entregues.

“Com o apoio do presidente Bolsonaro nós estamos implantando também o Sistema de Energia Integrado Nacional (SNI). Roraima até então era isolada e agora começaram as obras de interligação de Manaus (AM) com Boa Vista (RR)”, comenta Denarium sobre o Linhão do Tucuruí. “E fizemos também o 1° leilão de fontes alternativas e renováveis, hoje nós temos energia limpa e renovável de Roraima e segurança energética”, completa.

Refúgio aos imigrantes

A parceria entre governo do Estado e União rende ainda uma melhor estrutura de atendimento aos venezuelanos que cruzam a fronteira e entram em Pacaraima (RR). Segundo Denarium, a estimativa é que mais de 4 milhões de venezuelanos já saíram de sua terra natal e buscaram abrigo e melhor condição de vida, no Brasil e em outros países.

Denarium lembra que a fuga é resultado da política de esquerda que assola o país há mais de 25 anos e resultou na crise humanitária que assola a Venezuela e faz o povo sofrer com a fome e miséria.

Quando chegam em território brasileiro, os imigrantes são recebidos no programa Acolhida, implantado pelo Ministério da Defesa e coordenado pelo Exército Brasileiro. Entre seis e sete mil venezuelanos estão abrigados ali, de acordo com o governador. Alguns permanecem em Roraima, outros seguem para os demais estados brasileiros ou até países da América do Sul, conta o governador.

“Todos os serviços públicos são oferecidos pelo governo, como saúde, segurança pública e atendimento social. Mesmo com a imigração venezuelana, Roraima é o estado que mais cresce em arrecadação, em área plantada e em empregos formais. Assim, continuamos atendendo a nossa população roraimense e os estrangeiros que chegam aqui”, reforça Denarium.

Missão Roraima

Essa matéria faz parte do “Missão Roraima”, um projeto de uma equipe jornalística de Mato Grosso comandada pelo Agência da Notícia e que foi até Roraima para conferir a chegada dos venezuelanos às terras brasileiras.

A iniciativa surgiu de um pedido feito por Bolsonaro para que a imprensa mostrasse ao Brasil como tem sido a vida dos venezuelanos nos últimos anos.

O projeto contou com doações de empresários, pecuaristas e particulares que fizeram doações para a equipe de reportagem comandada por Camila Nalevaiko iniciar a sua viagem, que começou na quarta-feira (12). Ainda falta muito a ser retratado e para isso, a jornalista e seus colegas precisam de apoio.

A chave Pix para doações é: 816.610.701-59, em nome de Camila Nalevaiko