Este 2020 foi o ano que professores tiveram de se reinventar e de uma hora para outra. O ensino remoto virou uma realidade em praticamente todo o mundo para evitar a transmissão de coronavírus.
No Brasil, as atividades escolares foram suspensas em meados do mês de março. As redes privadas e públicas tiveram de se reinventar de uma hora para outra para dar continuidade às atividades escolares.
A mudança foi abrupta para as plataformas online. Estados apostaram em aulas pela internet, transmitidas pela TV e até rádio, em algumas regiões do país. O cenário de escolas fechadas colocou em evidência a desigualdade social do país. Muitas crianças não tiveram acesso às aulas por falta de conexão com a internet ou baixa qualidade do sinal.
O Unicef também apontou outro problema relacionado ao ensino remoto: a fome. A segunda etapa da pesquisa Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes divulgada neste mês de dezembro, os impactos sociais da crise são sentidos por mais de 20 milhões de brasileiros, que deixaram de comer por falta de dinheiro. Mais da metade dos entrevistados pelo Unicef, 54%, não recebeu nenhum tipo de alimento escolar neste período de pandemia.
Tanto as decisões sobre a suspensão das aitividades presenciais como a possível retomada ficaram a cargo do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), não houve coordenação do MEC (Ministério da Educação).
Cada estado definiu um plano para a retomada das atividades escolares conforme o número de casos de covid e a ocupação dos hospitais. O primeiro a voltar foi o Amazonas, em agosto.
Em São Paulo, o governo lançou o Plano São Paulo para a retomada das atividades, mas deixou a decisão final de abrir as escolas para as prefeituras. A capital deve retornar apenas em fevereiro de 2021.
Ações na Justiça também marcaram a volta às aulas no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.