O governo divulgou nesta sexta-feira (17) os resultados do Enem de 2019. As notas médias dos estudantes só não caíram em redação.
Quase 4 milhões de estudantes fizeram as provas e as notas de quatro das cinco áreas avaliadas pelo exame diminuíram.
A média geral para matemática foi de 523,1; em 2018, 535,5. Linguagens, 520,9; em 2018, 526,9. Ciências humanas, 508; em 2018, 569,2. E para ciências da natureza, a média foi de 477,8; em 2018 foi de 493,8. Já em redação, a média subiu de 522,8 para 592,9. Cinquenta e três estudantes tiraram a nota máxima, mil, e 143.736 zeraram.
Alexandre Lopes, presidente do Inep, responsável pelo Enem, disse que o exame não pode ser usado para medir a qualidade do ensino no país, e sim, o Saeb, Sistema de Avaliação do Ensino Médio, mas afirmou que o resultado mostra que os alunos não evoluíram: “o Enem é focado em observar a proficiência do aluno. Então, sim, o conjunto da população que fez a prova teve uma proficiência menor. As provas são comparáveis, mas não é esse o instrumento que é utilizado para dar o retorno às escolas. O que a gente usa é o Saeb”.
Com as notas divulgadas nesta sexta, vem a disputa por uma vaga na faculdade. As inscrições para o Sisu, Sistema de Seleção Unificada, com 237 mil vagas em universidades públicas, começam na terça-feira (21). Para participar é preciso ter feito o Enem e não ter tirado nota zero na redação. O estudante deve escolher até duas opções de cursos e quem teve melhor pontuação no Enem tem mais chances de conseguir a vaga.
O estudante Leonardo Guimarães está animado. Tirou 980 na redação, com média geral nas provas de 760. Acha que consegue uma vaga em medicina: “já comecei uma série de pesquisas para ver onde, por exemplo, que o peso da redação me favorece porque foi uma nota muito grande. Menos de 1% dos alunos que fizeram o Enem tiram isso. Então, eu já estou pesquisando para ver onde que eu vou ter um protagonismo diferente”.