Renato Portaluppi prometeu um “até breve” para a torcida do Grêmio. O ídolo gremista escreveu uma carta de despedida nesta segunda-feira, após deixar o cargo de técnico do clube. O treinador pediu demissão na última quinta-feira, um dia depois do Grêmio ser eliminado da Libertadores para o Independiente Del Valle. Assim, um ciclo de quase cinco anos se encerrou no Tricolor. Mas para Portaluppi, é apenas um até logo.
A carta foi divulgada pela assessoria de imprensa do técnico.
Leia a íntegra:
“Quando o meu telefone tocou, em setembro de 2016 e do outro lado da linha estava o Dr. Adalberto Preis, não precisei nem esperar ele terminar de falar. “Estou dentro, Dr. Pode contar comigo que estou voltando”. O Grêmio não me chama, o Grêmio me convoca. Sempre foi assim e sempre vai ser. Foram quase cinco anos de muita dedicação, de muito trabalho e, principalmente, de muitas alegrias. Batemos metas muito importantes, recolocamos o clube no caminho das grandes conquistas e me orgulho de cada dia de trabalho, de cada treino, de cada gota de suor, de cada lágrima, de cada jogo e de cada aprendizado, nas vitórias e também nas derrotas. Se hoje sou o treinador com mais jogos no comando do clube, e isso é uma alegria que não cabe dentro do peito, devo a muita gente. Ao presidente Romildo, que durante todo esse período esteve ao nosso lado e fez de tudo para que sempre tivéssemos as melhores condições de trabalho. Nos momentos bons e nos momentos de dificuldade, ele sempre estendeu a mão e isso não tem preço.
E o que é que eu vou dizer de todos os funcionários do clube? Que saudade que eu vou sentir de cada um deles. As “gringas” do restaurante fazem uma comida maravilhosa e eu estava sempre ali fazendo uma boquinha. Os massagistas, os seguranças, na grande figura do Fernandão, chefe da segurança do Grêmio e da seleção brasileira, pessoal da rouparia, da fisioterapia, todos eles. Queria poder abraçar cada um e agradecer pessoalmente por tudo que fizeram ao longo desse período.
Quero terminar falando do coração desse clube. A torcida do Grêmio, em especial a Geral do Grêmio, é simplesmente apaixonante. Em momentos de pandemia, a maioria dos estádios está vazia. Mas não a Arena. Ali do lado de fora, mais precisamente na Esplanada, tem alguém que sempre vai encher esse estádio. Posso estar longe fisicamente, mas aquela estátua, que tanto me orgulha, sou EU e vai estar sempre pulsando pelo Grêmio.
Obrigado a todos e até breve!”
(Globo Esporte)