Mudar de técnico nem sempre é simples e a lógica do choque para fazer jogadores correrem mais não é regra. Rogério Ceni tinha a antipatia da torcida do Flamengo, mas foi demitido antes do que a diretoria imaginava, por causa dos vazamentos e da crise com o departamento de análise de desempenho. Mas Rogério pensa futebol de um modo muito diferente do que pensa Renato. A análise é de PVC para o Globo Esporte.
Marcação por zona, com Rogério. Renato ainda faz o encaixe. Encurta o espaço na zona de marcação e faz perseguições curtas.
Bola parada por zona, com Rogério Ceni, ou mista. Renato usa marcação homem a homem. Foi a razão de Jorge Jesus ter usado bloqueios e conseguido quatro gols de bola parada nos 5 x 0 de 2019, pela semifinal da Libertadores.
Rogério vinha atacando num 3-2-5, fazendo Matheuzinho como o homem mais aberto pela direita e Michael pela esquerda. Ou Bruno Henrique, com o retorno de De Arrascaeta da seleção uruguaia.
Renato é mais convencional. Seu Grêmio atuava no 4-2-3-1, por vezes 4-1-4-1, os lados do campo eram ocupados pelos pontas e laterais, sem fazer saída de três homens puxando um lateral por dentro.
As mudanças podem dar certo rapidamente. Mas podem levar mais tempo. Não é simples mexer com alterações no sistema de jogo nos três setores. (PVC/Globo Esporte)