Imagine andar por aí com fragmentos de meteoritos presos ao seu pulso. É algo possível se você comprar o relógio da empresa suíça Les Ateliers Louis Moinet que entrou para o Guinness World Records no último dia 31 de julho.

O nome da relojoaria homenageia Louis Moinet, suíço inventor do cronógrafo. Mas o renomado relojoeiro também era astrônomo, o que explica a predileção da empresa por nomes e materiais ligados ao espaço.

O relógio recordista se chama Cosmopolis e apresenta 12 meteoritos — fragmentos de pedras espaciais que caem na Terra — na face do objeto de pulso.

Segundo a empresa, os meteoritos e suas respectivas origens são:

DHOFAR 461 – Lua

DHOFAR 1674 – Marte

ALLENDE – Chuva de meteoros

ERG CHECH – Asteroide

JBILET WINSELMAN– Asteroide

ISHEYEVO – Asteroide

ALETAI ARMANTY – Asteroide

AGUAS ZARCAS– Chuva de meteoros

GIBEON – Asteroide

TOLUCA – Asteroide

SAHARA 97093 – Asteroide

BLACK CHONDRITE L5 – Asteroide

O CEO e diretor criativo da relojoaria, Jean-Marie Schaller, é amigo de longa data de caçadores de meteoritos. Entre eles, Luc Labenne e Bruno Fectay, que ajudaram a coletar os fragmentos.

Cada um dos meteoritos é autenticado por um certificado emitido por caçadores de meteoritos que fazem parte da Meteoritical Society.

Trabalho minucioso e cuidadoso

Na confecção do relógio, primeiramente foi necessário considerar um design que fosse capaz de destacar cada um dos 12 meteoritos, ao mesmo tempo em que garantisse uma estética contemporânea.

Detalhes do relógio Cosmpolis, feito com meteoritos — Foto: Reprodução/Guinness World Records
Detalhes do relógio Cosmpolis, feito com meteoritos — Foto: Reprodução/Guinness World Records

O design final acabou sendo escolhido como uma caixa de ouro rosa de 18 quilates, com um diâmetro de 40 milímetros e presa por uma pulseira preta. Em seguida, veio o processo de cortar meticulosamente os meteoritos. Cada um apresentou um desafio devido a suas respectivas fragilidades.

Então, chegou a hora de inserir cada meteorito no relógio. A integração dos objetos espaciais foi um processo “minucioso”, mas “cuidadoso”, de acordo com Les Ateliers Louis Moinet S.A.

Cada meteorito foi colocado para exibir e contrastar da melhor maneira possível. Por exemplo, Dhofat 461 foi posicionado no centro do mostrador. Já os outros, Schaller imaginou que eles atuassem como “pequenos pedestais projetados para elevá-los, criando uma disposição misteriosa no mostrador”, disse ao portal do Guinness.

Segundo a relojoaria, a peça recordista custa 225 mil francos suíços — aproximadamente, R$ 1,2 milhão. A empresa pretende manter o relógio como peça permanente de algum museu, para servir de símbolo de inovação e artesanato.

(Redação Galileu)