Douglas Friedrich é o goleiro mais decisivo do Brasileirão de 2013 em diante, o arqueiro com maior percentual de defesas difíceis em relação aos gols que sofreu quando seu time estava empatando ou vencendo por um gol de diferença. Ele atuou pelo Avaí na edição de 2017 e está no Bahia desde 2018. Dos 186 lances difíceis nessas condições, ele defendeu 116 e não conseguiu evitar o gol 70 vezes, uma eficiência de 62,4% no lances mais difíceis em momentos capitais. Os critérios do Espião Estatístico estão explicados ao final do texto.

O goleiro Vanderlei, ex-Coritiba e ex-Santos, que ainda não estreou pelo Grêmio em Brasileirões, é o segundo colocado no ranking com eficiência de 60,6%. Ele participou de pouco mais que o dobro de lances decisivos nas comparações com Douglas Friedrich e Gatito Fernández, o terceiro colocado, mas tradicionalmente o Espião Estatístico reúne os atletas com até 40% do total de participações de quem mais tem, no caso o goleiro Victor, do Atlético-MG.

Para chegar a esses números, reunimos 4.842 defesas difíceis e 4.096 gols sofridos quando esses lances interferiam diretamente na classificação do time no campeonato, quando cada lance definia se o time continuava somando três pontos na tabela ou se mantinha o ponto que estava conquistando com o empate. Foi em 2013 que o Espião Estatístico começou a coletar e classificar cada uma das finalizações realizadas em Brasileirões e esse é o único motivo para o recorte utilizado: são os dados detalhados de que dispomos, uma média de 9.227 finalizações cadastradas por edição.

*Defesas difíceis divididas pelo total de finalizações difíceis (gols e defesas difíceis) quando o time empatava ou perdia por um gol — Foto: Espião Estatístico

*Defesas difíceis divididas pelo total de finalizações difíceis (gols e defesas difíceis) quando o time empatava ou perdia por um gol — Foto: Espião Estatístico

Critérios

Tudo começou com uma pergunta: que goleiro você preferiria ter no seu time? Um que tivesse sofrido cinco gols e feito dez defesas difíceis ou um que tivesse sofrido dez gols e feito cinco defesas difíceis? A resposta que pareceu fazer mais sentido foi “depende do momento do jogo em que eles levaram os gols e fizeram as defesas. Se as defesas foram feitas quando o time empatava ou vencia por um gol, e os gols foram sofridos quando o time já ganhava por dois de vantagem, qualquer um dos dois é bem-vindo”.

A partir daí, escolhemos comparar os goleiros a partir de eventos decisivos: gols sofridos e defesas difíceis enquanto seus times empatavam ou venciam por um gol de diferença. Ou seja, gols sofridos e defesas difíceis que interferiam diretamente na pontuação da tabela de classificação no momento em que ocorreram.

A equipe do Espião Estatístico é formada por: Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti. (Globo Esporte)