Raffaella Petrini tem 52 anos, é cientista política e freira franciscana. A responsável era, até agora, funcionária da Congregação para a Evangelização dos Povos, mas o Papa Francisco nomeou-a secretária-geral da Governação do Estado da Cidade do Vaticano, tornando-a assim a primeira mulher a ocupar o cargo de “número dois” do Vaticano.
Élicenciada em Ciências Políticas pela Universidade Internacional Livre de Guido Carli e doutorada pela Pontifícia Universidade de San Tommaso d’Aquino, onde atualmente é professora de Economia do Bem-Estar e Sociologia dos Processos Económicos, Petrini nasceu em Roma e pertence à Congregação das Irmãs Franciscanas da Eucaristia.
O Papa Francisco tem vindo a dar visibilidade ao trabalho das mulheres na Igreja e, em agosto, escolheu seis como especialistas leigas do Conselho de Economia. Uma delas, a professora Charlotte Kreuter-Kirchhof, foi nomeada vice-coordenadora deste conselho em setembro.
Também em agosto, Francisco nomeou várias mulheres cientistas para a Pontifícia Academia de Ciências, incluindo Emmanuelle Marie Charpentier, fundadora e diretora da Unidade Max Planck para a Ciência de Patógenos, em Berlim, e Prémio Nobel da Química 2020.
Outra nomeada foi Donna Theo Strickland, professora de física ótica do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Waterloo e vencedora do Prémio Nobel da Física 2018 por ter inventado, em 1985, com Gérard Mourou, uma tecnologia de ‘laser’ usada atualmente em milhões de cirurgias oculares.