Mais de 16 cheques foram encontrados na casa da empresária Taiza Tosatt, presa na Operação Cleópatra, executada pela Polícia Civil de Mato Grosso. Juntos, os valores totalizam mais de R$ 420 mil. No imóvel também havia sete cartões de crédito/débito e diversas munições.
Taiza Tossat foi presa enquanto desembarcava de uma viagem ao Nordeste do país, no aeroporto de Sinop (509 quilômetros ao norte de Cuiabá). Ela foi localizada ainda dentro do avião e acompanhou os policiais na busca e apreensão feitas em sua casa.
No local, os agentes apreenderam 8 cheques com valores que variam de R$ 5 mil a R$ 100 mil, além de 7 folhas em branco.
Os veículos apreendidos foram uma motocicleta BMW e um Jeep Renegade.
Também foram encontrados diversos frascos e caixas de anabolizantes que possuem venda proibida no Brasil. Taiza alegou que os medicamentos eram do seu companheiro.
Também na Operação Cleópatra, quatro celulares e três notebooks foram apreendidos, além de seis estojos e 15 munições calibre. 357.
A operação
A empresária, proprietária da empresa DT Investimentos, usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.
Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.
As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.
O ex-policial federal, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso, que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.
Com base nos elementos apurados nas investigações do inquérito policial instaurado na Delegacia do Consumidor, o delegado Rogério Ferreira representou pelas ordens judiciais contra os investigados, que foram deferidas pela Justiça e cumpridas na última quinta-feira (31).
O delegado Rogério Ferreira, responsável pela investigação na Delegacia do Consumidor (Decon), até o momento os prejuízos às vítimas chegam a casa dos R$ 2,5 milhões, porém pode ser muito superior a esse valor, uma vez que certamente há outras vítimas que não registraram a ocorrência.
(Gazeta Digital)