O Flamengo perdeu por 92 a 86 para o time argentino do Quimsa a final da Champions League Américas, nesta sexta-feira à noite, na Antel Arena, em Montevidéu, no Uruguai. A competição, equivalente à Libertadores, no futebol, dá classificação à equipe da Argentina ao Mundial Interclubes de basquete. O time rubro-negro estava invicto até a decisão, que foi em partida única no Uruguai devido à pandemia. O Flamengo conseguiu a classificação ainda em março, quando a competição foi paralisada. O título continental é inédito para o Quimsa. O clube carioca havia sido campeão da Liga das Américas em 2014, conquistando também o Mundial Interclubes daquele ano.

O melhor jogador e cestinha da partida foi o americano Brandon Rosinson, que fez 26 pontos no jogo. Ele foi eleito MVP do torneio. Outro americano, Damian Simpson foi destaque no garrafão, tanto com pontos quanto em rebotes, um dos principais problemas do time rubro-negro. O destaque do Flamengo no ataque foi Marquinhos, com 20 pontos.

Sediado na cidade de Santiago Del Estero, ao norte da Argentina, o Quimsa nunca conquistou nem sequer um título nacional. No entanto, 2020 faz uma ótima campanha no Campeonato Argentino e, agora, ganha a primeira edição da Champions League Américas, temporada 2019/2020, depois de bater o tradicional San Lorenzo na semifinal e o Flamengo em uma grande decisão.

O JOGO

No primeiro quarto, o Flamengo começou bem ofensivamente. Marquinhos foi o primeiro destaque, com cesta de três, arremesso de média distância e infiltrações. Mas ele logo saiu com duas faltas. Então, o argentino Luciano “Chuzito” González passou a ser o destaque do Flamengo, ao lado do armador e compatriota Franco Baldi. Mas enquanto ia bem na frente, a defesa começava mal o jogo. Aí surgiu o pivô americano Diamon Simpson, do Quimsa, que fez os seis primeiros pontos do time argentino.

Nicolas Copello também passou a se destacar em quadra, com bolas dos três. A dominação argentina era tamanha que o técnico rubro-negro Gustavinho De Conte pediu tempo quando estava 18 a 11. O Quimsa ainda abriu 23 a 11. E o quarto acabou em 27 a 19, com muita vantagem argentina principalmente nos rebotes.

No segundo quarto, o time rubro-negro melhorou. Com quatro minutos, o Flamengo virou depois de uma bola de três do Balbi: 32 a 31. Depois, Rafael Hettsheimeir, que tinha entrado para resolver o problema com os pivôs rivais, acertou mais mais uma dos três, e o Flamengo enfim dominava o jogo, depois de abrir uma parcial de 16 a 4. A partir daí foi um quarto equilibrado, disputado, com um toma lá e dá cá digno de final de Libertadores. No fim do primeiro tempo, porém, a defesa rubro-negra voltou a falhar e os argentinos abriram uma pequena diferença antes do intervalo, com uma cesta de três no estouro do cronômetro: 50 a 43.

Quimsa, da Argentina, vence o Flamengo na final da Champions League Américas de basquete — Foto: Fiba

Quimsa, da Argentina, vence o Flamengo na final da Champions League Américas de basquete — Foto: Fiba

Na volta do intervalo, Simpson continuou incomodando muito a defesa rubro-negra no garrafão, chegando rapidamente a 15 pontos. O terceiro quarto também foi a vez de Marquinhos voltar para o jogo, carregar o ataque do Flamengo nas costas e chegar aos mesmos 15 pontos do pivô americano. O retorno de Hettsheimeir à quadra, a velocidade de Yago e a garra de Olivinha colocaram o Flamengo no jogo de novo. Faltando quatro minutos pro fim do quarto, a equipe brasileira retomou a frente no placar (59 a 58). Então a defesa que já estava melhor no segundo tempo deu show no final do terceiro quarto, segurando o Quimsa, forçando os rivais a cometerem erros seguidos. E a vantagem do Flamengo chegou a cinco pontos (68 a 63).

Último quarto começou com outro americano do Quimsa querendo jogo. Brandon Robinson logo fez duas cestas de três e virou o jogo, de novo, para os argentinos. Com 20 pontos e quatro rebotes, Robinson assumia ali o protagonismo da partida. Quem também queria jogo era Marquinhos, dando o troco da linha dos três. E assim o jogo seguia indefinido até os minutos finais. Mas a bola do Flamengo parou de cair… E o time ainda perdeu Jonathan, um dos principais marcadores, com cinco faltas. Com 42 rebotes contra 29 dos rubro-negros, o Quimsa voltou a liderar a quatro minutos do fim da partida. Faltando três minutos, Robinson acertou mais uma dos três e chegou a 25 pontos. Uma parcial de 20 a 9 para os argentinos. O Flamengo lutou até o final, mas os argentinos –com destaque para os americanos do time– souberam segurar a vantagem e conseguiram o título inédito para o Quimsa.

Jogadores do Quimsa, da Argentina, comemoram título continental após vitória sobre o Flamengo na final — Foto: Fiba

Jogadores do Quimsa, da Argentina, comemoram título continental após vitória sobre o Flamengo na final — Foto: Fiba

(Globo Esporte)