Em razão dos prejuízos ocasionados pelos focos de calor, o prefeito Valdenir José dos Santos (PSDB), de Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá, decretou situação de emergência no município, no dia 19 deste mês. De acordo com o documento, já foram registrados quase mil pontos de incêndio somente este ano.
As áreas mais atingidas ficam na zona rural, onde estão localizados assentamentos e distritos. Mais de 6 mil hectares devastados pelas chamas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o assentamento Boa Esperança 1,2,3, onde vivem mais de 2 mil famílias é uma das regiões mais atingidas. Lá, parte da produção foi perdida e vários animais morreram.
Regiões de lavoura foram destruídas — Foto: Prefeitura de Nova Ubiratã
Ainda segundo a secretaria, a maior parte das áreas atingidas é de lavoura. No entanto, cerca de 40% do total de hectares queimados fazem parte do bioma amazônico.
Porém, a maior preocupação do poder público, no momento, é evitar que o fogo atinja a Estação Ecológica Ronuro e da aldeia indígena Tupará, onde vivem índios da etnia Ikpeng.
A Estação Ecológica tem 100 mil hectares e aldeia Tupará tem mais 32 mil hectares. Na reserva existe um projeto de estudo desenvolvido pela Universidade Federal de Mato Grosso.
Focos de incêndio ainda não foram controlados — Foto: Prefeitura de Nova Ubiratã
As chamas já se aproximaram deste local, mas foram contidas por servidores da prefeitura em parceria com os moradores dessas regiões.
O município não tem brigada de incêndio. Os focos de incêndios são combatido por trabalhadores da secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Obras e Infraestrutura, junto com moradores. Para o combate estão sendo empregados tratores e caminhões-pipa.
O município solicitou ao estado que seja criado um pólo da Defesa Civil no município e já tem um projeto de brigada para ser implantado no próximo ano.
Focos de incêndios são combatidos com o apoio de tratores e caminhões-pipa — Foto: Prefeitura de Nova Ubiratã