Existe um maravilhoso livro chamado “Cuando Nunca Períamos” sobre a história do Barcelona. Cada texto relata o tempo em que o Barça nunca vencia. Desde a final da Copa dos Campeões da Europa de 1961, em Berna, em que perdeu para o Benfica e chutou cinco vezes na trave. “Se os postes fossem redondos como hoje, não bateriam nas quinas quadradas e sairiam do gol”, diz o texto.  A análise é do jornalista PVC.

Messi marcou seu gol 700 no fantástico empate por 2 x 2 entre Barcelona e Atlético de Madrid, que parece afastar um pouco mais o Barça do tricampeonato espanhol, não tem nada a ver com aquele tempo, mas com outros, em que a política e as contratações em que não sabe bem para onde vai o dinheiro falam mais alto.

Griezmann custou 120 milhões de euros ao Atlético de Madrid, que pareceu mais forte no Camp Nou do que nas duas temporadas anteriores, quando o francês era colchonero. Desde 2017, o Atlético não empatava na casa barcelonista. Desde 2006 não vence lá dentro.

Esteve perto. Pode-se dizer que o pênalti que resultou no empate de Saúl não existiu, mas o Barcelona também não. Quique Setién montou o time num 4-1-3-2, deixou Riqui Puig atrás de Messi e Suárez, com Vidal aberto pela direita e Rakitic pela esquerda. Quem jogou bem mesmo foi o chileno. Que atuação!

E os dirigentes contratam, contratam, contratam. Com que ideia?

O Barcelona se afasta do título, porque o Barcelona se afasta do conceito do Barcelona. (Globo Esporte)