Terminar o tempo normal com mais finalizações certas do que o Chelsea é um símbolo de como o Palmeiras foi preciso, valente, determinado e estratégico. Não há modo de disputar um duelo América do Sul x Europa, atualmente, sem ser com cuidado defensivo. Ainda mais dirigido por Abel Ferreira, que sempre admitiu, em textos no passado, que quando se sabe inferior é preciso ter artimanhas para escalar uma montanha. A análise é do comentarista PVC. Confira:
O Palmeiras escalou. Marcou homem a homem, com Rony perseguindo Hudson Odoi, e Scarpa acompanhando Azpilicueta, pelos lados. Piquerez acompanhava Mount, e Marcos Rocha marcava Havertz. Luan e Gustavo Gómez perseguiam Lukaku. Zé Rafael marcava Kanté e Danilo cuidava de Kovacic. Por vezes, sobrava Thiago Silva, autor de um chute perigoso aos 45 do primeiro tempo.
Mas o Chelsea controlava a bola, não o jogo. A ponto de, mesmo depois de marcar o primeiro gol, em jogo aéreo vencido por Lukaku contra Luan, ter sofrido para marcar o Palmeiras. Thiago Silva não usou a cabeça, mas a mão. Pênalti cobrado com a maestria de Raphael Veiga.
Problema palmeirense perder seu melhor jogador, Veiga, que sentiu e foi substituído por Atuesta. Wesley entrou na vaga de Rony, para haver pernas e seguir perseguindo Hudson Odoi, autor do brilhante cruzamento para o gol de Lukaku. O Palmeiras seguiu valente, forte, terminou o tempo normal com empate por 1 a 1.
A prorrogação é sempre outra história. O Palmeiras também perdeu Dudu, substituído por Atuesta, o Chelsea seguiu com mais posse de bola e o cansaço foi batendo em cada um dos jogadores de Abel Ferreira. Scarpa terminou o primeiro tempo suplementar caído: “Tá doendo muito.” Abel Ferreira usou o intervalo para desenhar jogada em sua prancheta, agachado com Rafael Navarro à sua frente.
Mas a questão física pegou forte até Luan tocar a mão na bola e ser marcado o pênalti.
O Palmeiras foi brilhante. Não deu. (GE)