Um sargento da Polícia Militar de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foi denunciado à Corregedoria da instituição por supostamente invadir uma fazenda de um promotor de Justiça aposentado em Nossa Senhora do Livramento, a 45 km de Cuiabá.

O Comando-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso informou que abriu uma investigação sobre o caso. (Veja nota na íntegra ao final da matéria).

O promotor alega que a propriedade dele foi invadida duas vezes: 9 e 15 de janeiro. Nessas invasões, grupos de homens cortaram cercas e se instalaram no local com lonas e acessórios.

O promotor foi até a fazenda em uma dessas invasões, ocasião em que, armado, reagiu a uma abordagem de um dos suspeitos, acreditando que era um assalto.

Dias depois, o irmão do sargento denunciado foi até a fazenda. Ele entregou leite e deu assistência aos invasores, segundo denúncia do promotor.

Ainda nessa situação, o promotor disse que viaturas da Rotam e da Força Tática foram até a sede da fazenda, arrebentaram o cadeado do portão e fizeram uma operação que apurava o suposto sequestro morte do irmão do sargento, que dava apoio à invasão.

No entanto, no outro dia o promotor descobriu que se tratava de uma farsa e que o irmão do sargento estava vivo.

O promotor alega que a farsa foi feita com a intenção de intimidá-lo. O caso também foi comunicado à Polícia  Juidiciária Civil de Mato Grosso.

Outro lado

O comandante do 6º Comando Regional, com sede em Cáceres, coronel Cesar Augusto Camargo Roveri informa que de imediato ao conhecimento da denúncia determinou a instauração de Inquérito Policial Militar(IPM) para apurar o caso em questão, além de informar ao comandante geral da PM, coronel Jonildo José de Assis assim como a Corregedoria Geral.

E ainda, que nesta terça-feira(2), na mesma data do recebimento, respondeu a solicitação da Promotoria de Justiça de Cáceres sobre as medidas já adotadas na esfera correcional da PM, como a instauração do IPM, requisição de perícias, entre outras providências fundamentais ao esclarecimento da denúncia.

Roveri observa que o IPM está sendo presidido por um oficial superior sob o acompanhamento de equipe da Corregedoria.