Um projeto que beneficia as mães que trabalham em órgãos públicos está em tramitação na Câmara Municipal de Cuiabá. A proposta, de autoria da vereadora Michelly Alencar (UB), obriga a instalação de salas de amamentação nos órgãos públicos da capital. Com isso, as servidoras poderão continuar amamentando os filhos depois do retorno da licença-maternidade.
Na sessão desta quinta-feira (19), os vereadores derrubaram o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra o projeto e, com isso, a mensagem continua em tramitação no Legislativo municipal.
Para a vereadora, a derrubada do parecer já representa uma vitória para a população e, principalmente, para as mães, que muitas vezes se sentem desconfortáveis por não terem um local adequado para a amamentação.
“As mães enfrentam constrangimento quando saem em público e não encontram um lugar onde possam amamentar os filhos com tranquilidade e sem exposição”, afirma a parlamentar. Agora, o projeto entrará em primeira e segunda votação.
A ideia do projeto surgiu de uma parceria com o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (SISMA).
A sala de apoio à amamentação será reservada de modo a garantir a privacidade, sendo que a permanência nesse espaço será restrita às lactantes.
Conforme a proposta, o órgão poderá instalar equipamentos para armazenagem do leite em baixa temperatura, bem como mobiliário específico para atendimento das necessidades das mães.
Entre os fatores que interferem na amamentação, levando ao desmame precoce, estão questões emocionais, familiares e principalmente sociais, como a inserção da mulher no mercado de trabalho.
“O projeto visa oferecer as trabalhadoras, um ambiente acolhedor e promissor a amamentação exclusiva, por meio de um cuidado diferenciado, possibilitando uma maior conscientização e apropriação dos diretos a amamentação e cumprindo com os deveres da sociedade quanto à integralidade da saúde da mulher e da criança”, argumenta a vereadora, no projeto.
O aleitamento materno oferece benefícios nutricionais, imunológicos, emocionais, econômicos, sociais e para o crescimento e desenvolvimento corporal da criança.