O deputado Diego Guimarães apresentou um Projeto de Lei para garantir que as mulheres que pertençam aos grupos de alto risco de câncer de mama, ovário e colorretal possam realizar testes de identificação de mutação genética. O procedimento, que ajuda a apontar pessoas com predisposição à doença, vai permitir um acompanhamento personalizado para identificar ainda em estágios iniciais o câncer, aumentando a chance de cura.

Ao justificar a proposta, o parlamentar explicou que o câncer de mama acomete 3 de cada 10 mulheres que descobrem a doença todos os anos. Estudos apontam que de 5% a 10% dos casos estão relacionados à herança de mutações genéticas. “Alterações em genes como o BRCA1 e o BRCA2 estão fortemente relacionadas ao aumento na chance de desenvolver câncer de ovário e de mama”.

Por conta disso, no início do mês, o Ministério da Saúde incorporou, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o teste genético, dando prazo de 180 dias para que os procedimentos sejam ofertados à população. “Precisamos avançar na prevenção e no combate ao câncer de mama e, por isso, neste mês do Outubro Rosa, entendo que nós deputados estaduais precisamos fazer todo o possível para oferecer às nossas mães, esposas, irmãs e filhas as melhores condições para enfrentarmos esse mal”.

Conforme a proposta, o exame deverá ser requisitado por um médico geneticista, mastologista ou oncologista. A definição ou a inserção da paciente no grupo de alto risco, o que a autorizaria a realizar o teste, seguirá as diretrizes dos órgãos e entidades que integram o SUS.

O teste é feito a partir de uma amostra de líquido corporal ou tecido, como sangue, saliva, células da bochecha ou pele. Entre suas funções, o exame pode confirmar se uma neoplasia tem origem hereditária, identificar se a família do paciente tem predisposição para o câncer, prevenir recidivas do câncer e definir o tratamento mais adequado.