Há 14 anos, o Grêmio empatou na última rodada do Brasileirão de 2007 em 1 a 1 com o Corinthians, que com o resultado acabou deixando a Série A. Por conta disso, torcedores corintianos querem que o Corinthians vença neste domingo, às 16h, para zerar as chances de o Grêmio ficar entre a elite brasileira, que antes da rodada estão em 17%. Não só o Corinthians é favorito, como tem uma série de vitórias consecutivas em casa para colocar pressão no rival. O Juventude enfrenta o favorito São Paulo na segunda-feira, às 19h, e tem 50% de chances de disputar a primeira divisão em 2022. O Bahia recebe o Fluminense no domingo, às 16h. Tem 36% de chances de permanecer e é favorito em casa. As condições mudam a cada rodada, e por isso publicamos as chances de os times terminarem o campeonato em cada posição.
O Cuiabá que disputa sua primeira Série A tem, conforme as projeções, o favoritismo para o jogo contra o Fortaleza, nesta segunda-feira, na Arena Pantanal (veja isso mais abaixo). O jogo é decisivo, pois pode definir a permanência do Dourado na elite. No caso de um tropeço em casa, o time mato-grossense terá que vencer o Santos na última rodada, na Vila Belmiro.
No quadro abaixo, a primeira linha apresenta a probabilidade percentual de cada time ser campeão. Como o Atlético-MG alcançou os 100%, o restante não tem mais chance de mudar isso. A segunda linha mostra a chance de os times terminarem a competição na segunda posição, o que o Flamengo também assegurou, e o Palmeiras também praticamente já assegurou a terceira colocação. Há uma premiação em dinheiro aos clubes relacionada à premiação. As últimas três linhas da tabela mostram o potencial de ficarem entre os quatro e os seis primeiros, conseguindo uma vaga direta na Libertadores 2022, além da probabilidade de um time terminar o campeonato entre os 16 que prosseguirão na Série A no ano que vem. Quem chega a 100% na última linha, assegura sua vaga no Brasileirão 2022.
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— Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico
Favoritismos apresenta também o potencial que cada time carrega para a rodada #37 do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira entre os gols por serem cobranças feitas diretamente para o gol. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 82.909 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.399 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual de cada equipe a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).
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Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Corinthians
O Corinthians vem de oito vitórias seguidas como mandante e uma invencibilidade em casa de 11 jogos (9 V, 2 E, 88%). Nos últimos 11 jogos como visitante, o Grêmio tem 3 V, 8 D, 27%. O Corinthians é o quinto melhor mandante do Brasileirão (10 V, 4 E, 4 D, 63%), com o sexto ataque (média 1,39) e a 11ª defesa caseira (0,94). O Grêmio é o segundo pior visitante (4 V, 0 E, 14 D, 22%), com o 12º ataque (0,78) e a segunda pior defesa forasteira (1,61). O Corinthians tem o 14º ataque mandante em finalizações (12,7), mas com a quinta maior eficiência, um gol a cada 9,5 tentativas. O Grêmio é o oposto: sexto atque visitante em finalizações (12,2), conta com a segunda pior eficiência, um gol em 16,9 tentativas. O Corinthians é a equipe que proporcionalmente mais finaliza de dentro da área, com 60%. O Grêmio é a sétima equipe que mais finaliza de fora da área, com 51%. O Corinthians tem alternado um gol aéreo com um rasteiro nos últimos 13 marcados sem contar pênaltis e faltas diretas. Por esse padrão, o próximo seria aéreo. A equipe sofreu seis dos últimos dez gols em trocas de passes; o Grêmio fez oito e sofreu seis dos últimos dez em trocas de passes. Há 14 anos, o Grêmio empatou e rebaixou o Corinthians, agora, torcedores da equipe paulista querem devolver a experiência.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Atlético-MG
O campeão Atlético-MG é o melhor mandante do Brasileirão (16 V, 1 E, 1 D, 91%) e além da merecidíssima e catártica celebração no Mineirão com sua torcida, pode ampliar o histórico recorde de 15 vitórias consecutivas quando mandante. Tem o melhor ataque caseiro (38 gols, 2,11) e a melhor defesa (dez gols sofridos, 0,56). No agregado dos mandos, o Bragantino vem de 1 V, 1 E, 6 D, 17% nos últimos oito jogos, com a derrota na final da Sul-Americana no meio. Momentos opostos. Mas a equipe paulista é a quarta melhor visitante (7 V, 5 E, 6 D, 48%), com o terceiro melhor ataque (1,33) e a oitava defesa (1,22). O Bragantino já sofreu oito gols em contra-ataques (terceiro pior desempenho), cinco quando visitante, e o Atlético-MG tem sete gols assim, quarta maior marca, quatro quando mandante. Embora seja oitavo mandante em finalizações (13,9), o Atlético é o mais eficaz, com um gol a cada 6,6 tentativas. O Bragantino é o terceiro visitante que mais arrisca (13,2), com a quarta eficiência, um gol em 9,9. O Atlético-MG fez todos os últimos dez gols em jogadas rasteiras, e sofreu metade assim. O Bragantino sofreu oito por baixo e marcou cinco dos últimos dez (e dos últimos sete) em jogadas aéreas.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Bahia
O Bahia vem de uma derrota dolorida para o campeão Atlético-MG por 3 a 2 depois de ter aberto 2 a 0. Foi a única derrota nos últimos nove jogos em casa (4 V, 4 E, 1 D, 59%). Nos últimos nove jogos como visitante, o Fluminense conseguiu 2 V, 1 E, 6 D, 26%, perdendo os últimos cinco jogos fora de casa. O Bahia é o quinto pior mandante (7 V, 5 E, 6 D, 48%), com o sexto ataque (1,39), mas a quarta pior defesa caseira (1,22). O Fluminense é o 13º visitante (4 V, 4 E, 10 D, 30%), com o 12º ataque (0,78) e a sétima defesa (1,22). No agregado dos mandos, o Fluminense é o time que menos finaliza no Brasileirão (10,3), mas com a nona eficiência, um gol a cada 10,9. O Bahia é o 12º em finalizações (11,7), com a sétima eficiência, um gol a cada 10,8. Quando mandante, o Bahia conclui um pouco mais (13,3), nona marca, com eficiência também um pouco melhor, um gol a cada 9,6 tentativas, sétima eficiência. O Fluminense quando visitante tem média de 9,4 finalizações por partida, sexta menor marca, com a sexta pior eficiência, um gol sofrido a cada 13,1 tentativas. O Fluminense fez e sofreu sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas; o Bahia marcou a metade pelo alto, mas só sofreu três.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Ceará
O Ceará é o terceiro melhor mandante (10 V, 6 E, 2 D, 67%), com o nono ataque (1,33) e a quinta melhor defesa caseira (0,78). O América-MG é o oitavo visitante (4 V, 7 E, 7 D, 35%), com o quinto ataque forasteiro (1,06), mas a quarta pior defesa (1,44). O América é a equipe menos punida com amarelos para atletas (1,61), e o Ceará, a quarta mais punida (2,42). Foram marcados seis pênaltis contra o Ceará (sexta pior marca) e nove a favor da equipe mineira (segunda maior marca). As duas equipes já levaram seis gols em contragolpes (nona marca), o América fez oito assim (segunda maior marca), e o Ceará, seis (quinta marca). Dos últimos dez gols, o América fez quatro em trocas de passes e sofreu seis. O Ceará marcou oito em jogadas rasteiras e levou sete. O Ceará é o sétimo mandante em finalizações (14,1) e o nono em eficiência, com um gol em 11,0 tentativas. O América é o quinto visitante em conclusões (12,9) e o décimo em eficiência, um gol em 12,2 tentativas. Embora seja o quarto mandante que mais sofre finalizações (12,2), o Ceará é o quarto mais resistente a elas, com um gol a cada 16,8. O América-MG é o sétimo visitante em finalizações (12,7), mas é o segundo menos resistente a elas, com um gol sofrido a cada 8,8.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> São Paulo
O São Paulo é o quarto mandante que menos finaliza (12,0) e ainda tem a terceira pior eficiência, com um gol a cada 14,4. O Juventude é o terceiro visitante que menos conclui (8,8), mas tem a quinta eficiência, um gol a cada 10,6 tentativas. O Juventude marcou sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, o São Paulo sofreu metade assim. A equipe paulista marcou e a gaúcha sofreu seis dos últimos dez em bolas rasteiras. É de se esperar um jogo com poucas finalizações, já que o São Paulo é o mandante que menos sofre finalizações (8,7) e tem a 12ª resistência, um gol sofrido a cada 11,1 conclusões contrárias. O Juventude é o 11º visitante em finalizações sofridas (13,4), com a quarta menor resistência, um gol sofrido a cada 9,3 conclusões contrárias. O São Paulo é o 13º mandante (6 V, 9 E, 3 D, 50%), com o terceiro pior ataque (0,83), mas com a quinta melhor defesa (0,78). O Juventude é o terceiro pior visitante (2 V, 7 E, 9 D, 24%), com o oitavo ataque forasteiro (0,89), mas a quarta pior defesa (1,44).
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Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Athletico-PR
O Palmeiras campeão da Libertadores vai com reservas, e o Athletico-PR precisa de um empate para encaminhar sua permanência na Série A e focar na decisão da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG. O Athletico é o 12º mandante (8 V, 4 E, 6 D, 52%), com o 11º ataque (1,28), mas a quarta pior defesa caseira (1,17). Antes de dar merecidas férias para os campeões já se preparando para o tão sonhado Mundial, o Palmeiras era o terceiro melhor visitante (9 V, 2 E, 7 D, 54%), com o segundo melhor ataque (1,39) e a segunda melhor defesa (0,94) forasteiras. O Athletico fez seis, e o Palmeiras, sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas. E embora a equipe paranaense tenha levado metade dessa forma, o Palmeiras só sofreu pelo alto um dos últimos dez gols.
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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Flamengo
Como mostra a linha preta do gráfico de xG, o ataque do Flamengo vem em alta. Apesar de uma ligeira queda, sua produtividade ofensiva segue alta. o Flamengo é o quarto mandante que mais finaliza (15,8), com a quarta maior eficiência, um gol em 9,5 tentativas. Fez metade dos últimos dez gols a partir de bolas altas, e o Santos também sofreu metade assim e metade por baixo. O Santos fez seis e o Flamengo sofreu seis dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. O Santos é o oitavo visitante em finalizações (11,2), com a terceira menor eficiência, um gol a cada 15,5 tentativas. O Flamengo é o segundo melhor mandante (13 V, 1 E, 4 D, 74%), com o terceiro ataque (1,72) e a quinta melhor defesa caseira (0,78). O Santos é o 14º visitante (2 V, 8 E, 8 D, 26%), com o segundo pior ataque forasteiro (0,72), e a quarta pior defesa (1,44).
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Internacional
Como mostra a linha vermelha do gráfico de xG, o Atlético-GO vem fazendo um trabalho defensivo muito consistente nas últimas cinco rodadas, permitindo aos adversários expectativa média de gol inferior a 0,5 xG (0,48). Em toda a competição, a equipe goiana é a segunda visitante que mais sofreu finalizações (16,2), mas a terceira mais resistente a elas, com um gol sofrido a cada 13,9 conclusões contrárias. O Inter é o 11º mandante em finalizações (13,2), mas com a terceira maior eficiência, um gol a cada 8,8 tentativas. Será um embate muito interessante entre essas forças. Defensivamente, o Internacional é o 12º mandante em finalizações sofridas (10,9), com sexta menor resistência, um gol sofrido a cada 9,8 conclusões contrárias. O Atlético-GO é o quarto visitante que menos finaliza (9,1), com a 12ª eficiência, um gol a cada 12,6 tentativas. O Internacional tem a nona campanha mandante (8 V, 6 E, 4 D, 56%), com o quarto ataque caseiro (1,56) e a 14ª defesa (1,11). O Atlético-GO é o quinto melhor visitante (6 V, 4 E, 8 D, 41%), com o 12º ataque (0,78) e a sétima defesa (1,17).
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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Cuiabá
O Cuiabá tem boas chances de permanecer na Série A, mas só tem nove vitórias e três pontos de vantagem para o Bahia, que tem dez vitórias. Precisa vencer para ficar tranquilo. É o terceiro pior mandante (6 V, 6 E, 6 D, 44%), com o quinto pior ataque mandante (0,94) e a 14ª defesa caseira (1,11). O Fortaleza é o sétimo melhor visitante (6 V, 3 E, 9 D, 39%), com o sexto ataque (1,00) e a 14ª defesa (1,39). O Cuiabá perdeu para o Palmeiras seu último jogo em casa, mas antes disso tinha seis jogos de invencibilidade (3 V, 3 E, 67%). Em busca de uma vaga direta para a Libertadores, o Fortaleza perdeu os últimos cinco jogos como visitante. O Cuiabá é o décimo mandante em finalizações (13,3), mas com a quinta menor eficiência, um gol a cada 14,1 tentativas. O Fortaleza é o 12º visitante em finalizações (13,7), com a 14ª resistência, um gol a cada 10,3. No ataque, o Fortaleza é o quarto visitante que mais conclui (13,1), mas com a quinta pior eficiência, um gol a cada 13,1 tentativas. O Cuiabá é o sexto mandante em finalizações sofridas (9,8), com a terceira menor resistência, um gol sofrido a cada 8,8.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Sport
Duas equipes que não disputarão a Série A em 2022. A Chacoense tem o pior desempenho mandante (0 V, 6 E, 12 D, 11%); o Sport, a terceira pior campanha visitante (3 V, 4 E, 11 D, 24%). A Chapecoense é a mandante que menos finaliza (11,0) e ainda conta com a segunda pior eficiência, um gol a cada 16,5 tentativas. O Sport é o visitante que mais sofre finalizações (16,6), mas tem a quarta maior resistência a elas, com um gol sofrido a cada 13,5 conclusões contrárias. O Sport é o 14º visitante em finalizações (9,5), mas com o pior aproveitamento forasteiro, um gol a cada 17,1 tentativas. A Chapecoense é a mandante que mais sofre finalizações (14,5) e ainda tem a segunda menor resistência a elas, com um gol sofrido a cada 8,7 conclusões contrárias.
Resultado
Favoritismos acertou 170 dos 338 jogos analisados, aproveitamento de 50%. Como o jogo Chapecoense x Atlético-GO foi disputado fora da rodada após o adiamento, não foi considerado na contagem de acertos e jogos analisados, ainda que o Atlético-GO tenha confirmado seu favoritismo.
Metodologia
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 82.909 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.399 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
Para esta edição do Brasileirão, o desempenho de um jogador passa a ser comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e passamos também a considerar o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
Favoritismos está apresentando também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Bruno Murito, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Mateus Pinheiro, Roberto Maleson e Valmir Storti. (GE)