O Flamengo é o maior favorito da rodada #25 da Série A do Brasileirão com probabilidade de vitória de 59 % ao receber o Ceará, a maior zebra. O Fortaleza recebe o Botafogo e tem o segundo maior potencial de vitória, 54%. Com 51% de chances, o América-MG aparece logo depois como o terceiro maior favorito. No total, sete mandantes são favoritos, incluindo o Cuiabá que pega o São Paulo na Arena Pantanal, neste domingo.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 89.659 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.659 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Juventude
O Juventude é o pior mandante do Brasileirão (2 V, 4 E, 6 D, 28%), e o Avaí, o segundo pior visitante (1 V, 2 E, 9 D, 14%). No segundo turno, o Juventude tem feito um gol a cada 23 tentativas, quarta pior marca no agregado dos mandos. O Avaí vem fazendo um gol a cada 17 no agregado dos mandos do returno. Sem contar pênaltis e faltas diretas, o Juventude marcou sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, mas o Avaí só levou quatro dos últimos dez assim. Por outro lado, o Avaí marcou metade pelo alto e metade por baixo e dos últimos dez gols sofridos, o Juventude levou seis pelo alto. Há potencial para gol aéreo do Avaí.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Palmeiras
- A equipe do Bragantino vem com a segunda maior produtividade ofensiva no agregado dos mandos do returno, 19 conclusões por jogo, embora com a segunda pior eficiência, um gol a cada 32. Depois de a produção ofensiva ter alcançado seu pico no fim do primeiro turno, como mostra a linha preta do gráfico de xG, vem criando um nível de ameaça de 1,5 xG. É uma ameaça real, principalmente se o Palmeiras poupar muitos titulares, condição que levaria o favoritismo para o Bragantino (BGT 37% – EMP 28% – PAL 35%). Consideramos que o Palmeiras usará principalmente titulares. A defesa do Palmeiras é a sétima que menos sofreu finalizações no agregado do returno (11,6), com a quinta maior eficiência, um gol marcado a cada 19,3 tentativas. precisará de atenção com seu espaço aéreo porque sem contar pênaltis e faltas diretas, levou sete dos últimos dez gols a partir do jogo aéreo, mesma marca dos marcados pelo Bragantino, que tem potencial para marcar dessa forma. O Palmeiras fez oito dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, e o Bragantino levou metade de cada modo. O Bragantino é o nono mandante (6 V, 3 E, 3 D, 58%). Invicto fora de casa, o Palmeiras é o melhor visitante do Brasileirão (7 V, 5 E, 0 D, 72%).
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Fluminense
O Athletico-PR é o quarto melhor mandante (6 V, 4 E, 1 D, 67%); o Fluminense, o terceiro melhor visitante (4 V, 4 E, 3 D, 48%). Já foram marcados nove pênaltis a favor do Athletico-PR, segunda maior marca. No segundo turno, o Athletico-PR está precisando de 11,8 finalizações para fazer um gol, no agregado dos mandos, com média de 9,4 finalizações. O Fluminense tem a 13ª produtividade, 11,6, mas com a terceira maior eficiência, um gol a cada 6,4 tentativas. A linha preta dos gráficos de xG reflete o baixo nível de ameaça que as equipes têm representado, por volta 1,1 xG, e a eficácia é essencial nesses casos. No returno, o Athletico-PR é o mandante mais resistente a finalizações, um gol sofrido a cada 25 conclusões contrárias, mas são só dois jogos. Sem contar pênaltis e faltas diretas, o Fluminense fez e levou seis dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, e o Athletico-PR sofreu sete pelo alto e marcou metade de cada modo.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> América-MG
A partida tem potencial para gol do Coritiba a partir de jogada aérea porque sem contar pênaltis e faltas diretas, fez assim sete dos últimos dez gols, e as duas equipes levaram seis dos últimos dez com a bola viajando pelo alto. O América-MG marcou sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. O Coritiba já fez seis gols em contra-ataques, segunda maior marca, sendo quatro gols quando visitante, e as duas equipes já sofreram sete gols dessa forma, piores marcas. O América-MG já levou quatro desses gols quando mandante. A equipe mineira é a nona mandante (6 V, 3 E, 3 D, 58%), e o Coritiba, a pior visitante (0 V, 2 E, 9 D, 6%).
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Flamengo
Como mostra a linha preta dos gráficos de xG, o nível de ameaça do ataque do Flamengo diminuiu, mas ainda é superior a dois gols. O do Ceará chegou a 1,75 xG. O Flamengo é o melhor mandante (8 V, 1 E, 2 D, 76%), e o Ceará, o sétimo visitante (3 V, 6 E, 3 D, 42%). O Flamengo tem vulnerabilidade em seu espaço aéreo, com oito dos últimos dez gols sofridos a partir de jogadas aéreas, sem contar pênaltis e faltas diretas, e o Ceará marcou pelo alto metade de seus últimos dez gols. O Flamengo levantou a bola em sete dos últimos dez gols marcados, e o Ceará sofreu seis dos últimos dez em jogadas rasteiras. Será um embate entre o segundo ataque mandante mais eficaz, com um gol a cada 7,7 conclusões, e terceiro mais produtivo, com média 17,4, e a terceira defesa visitante mais resistente, com um gol sofrido a cada 16,3 conclusões contrárias, e média de 14,9 finalizações sofridas por partida. Além de ter a maior eficácia ofensiva no agregado dos mandos do returno, com um gol a cada 5,9 tentativas, o Flamengo também está com a maior resistência defensiva da segunda metade do campeonato, com um gol sofrido a cada 26 conclusões contrárias e média de 10,4 finalizações sofridas por jogo.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Corinthians
O Corinthians tem amplo domínio quando recebe o Internacional pela Série A desde 2006 com sete vitórias e apenas duas derrotas em 14 confrontos. Agora, o Corinthians é o segundo melhor mandante do Brasileirão (8 V, 3 E, 1 D, 75%); o Internacional, (4 V, 5 E, 3 D, 47%). Potencial para ser uma partida em que a busca pelo gol se dará em trocas de passes rasteiros: sem contar pênaltis e faltas diretas, as duas equipes sofreram em jogadas rasteiras sete dos últimos dez gols, o Internacional marcou seis dos últimos dez gols assim, e o dos últimos dez gols feitos pelo Corinthians, metade foi por baixo com a outra metade a partir de jogadas aéreas. O Corinthians tem a defesa mandante mais resistente a pressões, com um gol sofrido a cada 42,7 conclusões contrárias, e a décima média de finalizações sofridas em casa, 10,7. Não sofreu gol em oito de 12 jogos quando mandante (67%), melhor desempenho caseiro. O Internacional é o nono visitante em finalizações feitas (11,0), com a oitava eficiência, um gol a cada 12,0. A linha preta do gráfico de xG mostra que cresceu o nível de ameaça do ataque do Internacional, com potencial para 2,0 gols marcados, acompanhado do crescimento defensivo (linha vermelha).
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Fortaleza
No primeiro turno, o Fortaleza conquistou 15 pontos em 19 partidas. Agora, já tem 15 pontos em cinco jogos do returno, do qual é líder isolado, enquanto o Botafogo tem três pontos conquistados, três empates, em cinco jogos, a terceira pior campanha do segundo turno. Por conta do péssimo turno, o Fortaleza é o quarto pior mandante (3 V, 6 E, 3 D, 42%), com o segundo pior ataque caseiro (média 0,67), mas a terceira melhor defesa mandante (0,5). Em casa, o Fortaleza não levou gol em seis jogos (50%), terceiro melhor desempenho defensivo no quesito. O Botafogo é o sétimo visitante (4 V, 3 E, 5 D, 42%), com o sétimo ataque forasteiro (1,00) e a 11ª defesa (1,42). Outra partida em que o contra-ataque tem potencial para desequilibrar, a favor do Fortaleza, que já fez seis gols assim, segunda maior marca. É a segunda equipe que mais finaliza dessa forma (53). O Botafogo já sofreu seis gols assim, quinta pior marca defensiva. O Fortaleza fez e sofreu seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Botafogo marcou e levou seis dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, sem contar pênaltis e faltas diretas.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Atlético-MG
O Atlético-GO vem se apresentando muito melhor nas copas, tendo vencido o São Paulo em casa na ida das semifinais da Sul-Americana. O Atlético-MG está buscando a retomada da confiança. O Atlético-GO é o quarto pior mandante (4 V, 3 E, 5 D, 42%), e o Atlético-MG, o segundo melhor visitante (4 V, 6 E, 2 D, 50%). O Atlético-GO sofreu sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e há potencial para o Atlético-MG chegar ao gol a partir de jogada aérea porque sem contar pênaltis e faltas diretas, fez metade de seus últimos dez gols assim. Já o Atlético-GO tem um potencial maior para faz gol em jogada rasteira porque nasceram assim seis dos últimos dez gols, e o Atlético-MG sofreu em passes rasteiros oito dos últimos dez gols.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Cuiabá
O São Paulo tem quatro pontos de vantagem para o Cuiabá e para a zona do rebaixamento. Quinta-feira recebe o Atlético-PR nas semifinais da Sul-Americana precisando de três gols de vantagem para reverter a derrota por 3 a 1 na ida. O Cuiabá quarto pior mandante do Brasileirão (3 V, 6 E, 3 D, 42%), e o São Paulo, o 14º visitante (1 V, 7 E, 4 D, 28%). O Cuiabá marcou e o São Paulo sofreu metade dos últimos dez gols por baixo e metade em jogadas de bola alta. Sem contar pênaltis e faltas diretas, o São Paulo marcou seis, e o Cuiabá sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. O Cuiabá tem a quarta maior resistência mandante, com um gol sofrido a cada 19,0 finalizações contrárias. O São Paulo está com a sétima eficiência visitante no ataque, com um gol a cada 11,9 tentativas, mas 10,9 finalizações por jogo, décima média.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Santos
O Santos é o sétimo mandante do Brasileirão (6 V, 4 E, 2 D, 61%), e o Goiás, o 11º visitante (3 V, 3 E, 6 D, 33%). O Cuiabá marcou e o Santos sofreu metade dos últimos dez gols por baixo e metade em jogadas aéreas. O Santos marcou pelo alto seis dos últimos dez gols, e o Goiás sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, sem contar pênaltis e faltas diretas. O Santos já fez seis gols em contra-ataques, segunda maior marca, quatro quando mandante, e o Goiás já levou seis gols assim, quarta pior marca, quatro quando visitante. Desde 2006, em dez confrontos com este mando, o Santos venceu sete vezes, e o Goiás, duas. São duas defesas resistentes, a do Santos é a terceira caseira, com um gol sofrido a cada 19,2 conclusões contrárias, e a do Goiás, a quinta forasteira, com um gol sofrido a cada 13,1 conclusões por partida. A eficiência vai ditar o resultado.
Metodologia
Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2022 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 89.659 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.659 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
Favoritismos apresenta também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti. (GE/Espião Estatístico)