A novela da troca do modal pelo governo de Mato Grosso divide opiniões, uns defende a manutenção do VLT já outros a troca pelo BRT. O procurador-geral do Estado, Francisco Lopes, explicou que a garantia do Governo de Mato Grosso pela substituição do modal é possível, uma vez que o contrato com o Consórcio VLT foi rescindido em 2017, com ratificação da rescisão contratual pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em 2019.
De acordo com Francisco Lopes, a substituição já foi garantida somente pela rescisão do contrato com o Consórcio.” Pois essa manifestação é livre a qualquer pessoa jurídica ou física”, no entanto, considerou difícil um revés jurídico, já que a decisão foi fundamentada nas legislações vigentes anticorrupção e de improbidade administrativa”, comentou.
Ontem governador Mauro Mendes enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa no qual pede autorização para um dos procedimentos necessários à viabilização da troca do VLT pelo BRT em Cuiabá-Várzea Grande.
No documento, Mauro Mendes afirmou que o VLT virou exemplo nacional de obra inacabada da Copa do Mundo de 2014, situação que envergonha Mato Grosso há mais de seis anos.
O modal previsto para a copa do mundo de 2014, já consumiu cerca de R$ 1 bilhão e passou por três governos, desde 2012.
O valor total da obra inicialmente era de R$ 1,4 bilhão, porém, mais da metade desse valor já foi gasto e cerca de 50% da obra foi executada.
Mato Grosso deve R$ 563,5 milhões do dinheiro que pegou emprestado para construir a obra do VLT, que deveria ter sido entregue em 2014, para a Copa do Mundo. A dívida será quitada apenas em 2044.