Após a cerimônia solene para ratificar sua posse na noite desta segunda-feira, na Sede Náutica da Lagoa, Jorge Salgado deu sua primeira entrevista para a imprensa como presidente do Vasco. E planejou como “primeiro ato” colocar os salários do clube em dia entre março e abril.

– Sabe de uma coisa? A gente vai mudar um pouco essa chave de salários. Eu agora não vou prometer mais quando vou pagar. Vou pagar, eles vão receber e vai ficar tudo certo. Já houve um início de conversa, não posso ficar criando expectativas. Vou pagar quando tiver dinheiro. Quando tiver recursos em caixa, a primeira coisa que quero fazer é pagar meus funcionários, meus jogadores e fornecedores.

– Temos um fluxo de caixa já planejado pelos próximos três, quatro meses. A gente pretende até o final de março, abril, estar com praticamente todos os salários em dia. Ao longo do tempo gradualmente vamos colocando ele em dia. Espero até o meio de fevereiro ter pago novembro, dezembro e uma parte do 13º.

Veja outras respostas de Salgado:

Contato com jogadores

– Você vê como as coisas acontecem. Eu tinha ido na concentração antes do jogo, no final da fala com os jogadores pedi a vitória. Falei: “Quero que me deem de presente essa vitória no meu primeiro jogo como presidente do Vasco”. E não podia ser melhor, ganhar de um Atlético-MG que está disputando as primeiras colocações. Já agradeci e pedi vitória novamente (risos).

Sentimento na posse

– Sentimento é o melhor possível. Para mim é uma realização estar hoje como presidente. Comecei lá atrás, em 1977 como sócio, e agora como presidente a responsabilidade é outra, aumenta muito. Mas me preparei muito para esse dia e esses desafios.

Relacionamento com Flamengo

– Relacionamento com o Flamengo vai ser igual com os outros clubes. Mantive já contato com o Landim (presidente do Flamengo), conversei com ele, vamos ter um encontro a qualquer momento. Quero construir uma relação profissional, de amizade, entendimento, com todos os clubes do Rio.

Relacionamento com CBF

– Com a CBF não temos nenhum tipo de problema. Tivemos um almoço bastante agradável com o presidente Rogério Caboclo, e qualquer coisa que a gente precisar teremos as portas abertas da CBF.

Premiação contra rebaixamento

– Não tenho ainda nada planejado. Vou escutar o Pássaro, a área financeira, para ver se tem recurso. Eventualmente, vai um pouco mais à frente. Depois de passado o campeonato vamos mudar um pouco essa política de premiação. Acho que vai ser melhor para o jogador e para o clube também. (Globo Esporte)