Um dos maiores eventos esportivos do mundo, na modalidade futebol de campo para favelas, chega a Mato Grosso demonstrando a força de mobilização das comunidades mesmo antes de a bola rolar. Em poucos dias de campanha, a Taça das Favelas teve 286 comunidades inscritas.

O número esperado era um pouco menor. De acordo com Anderson Zanovello, presidente da Central Únicas das Favelas de Mato Grosso (Cufa-MT), que é a realizadora do evento, o número de inscrições é uma demonstração de que a Taça das Favelas nasce com apoio das comunidades.

Zanovello fala sobre a credibilidade do evento e a potência da favela em Mato Grosso. “Isso demonstra a credibilidade do trabalho que realizamos em todo o país e, no nosso caso específico de Mato Grosso. Temos certeza de que a Taça das Favelas, nasceu grande, vai crescer ainda mais e colocar Mato Grosso em destaque nacional no trabalho de inclusão social por meio do esporte.”

No congresso técnico, realizado no último sábado (10.09), foram selecionadas as 24 favelas que vão participar da competição, oito no feminino e 16 na categoria masculino. O primeiro critério ocorreu no ato das inscrições, quando o líder teria que informar o nome da sua comunidade e não um time.

As inscrições para os atletas serão realizadas no período de 12 a 16 de setembro/22. De posse da lista de inscritos, o líder fará uma peneirada e formará a seleção do seu bairro. Portanto, será uma competição entre seleções. Outro ponto importante diz respeito as regras criadas pela organização nacional do evento para garantir a credibilidade da competição. A seleção que quebrar as regras apresentadas no congresso técnico, ficará impedida de participar da Taça por dez anos.

Os jogadores e jogadoras serão apresentados(as) no próximo dia 20 de setembro no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros em uma coletiva de imprensa. Será um momento de confraternização com a participação de aproximadamente 700 pessoas entre atletas, técnicos e convidados. Os jogos serão realizados entre os dias 21 e 25 de setembro com a final no masculino e feminino no dia 08 de outubro/22. Além da inclusão social, Zanovello destaca a importância dessas favelas para o estado com uma frase: “Favela é potência, não carência”, finalizou.

Assessoria | CUFA-MT