O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, disse não ver motivação política no assassinato do trabalhador rural Benedito Cardoso do Santos, ocorrido em Confresa no início do mês.
Benedito, que era apoiador do ex-presidente Lula (PT), foi morto pelo colega de trabalho, Rafael Silva de Oliveira, defensor do presidente Jair Bolsonaro (PL). O crime ocorreu após uma discussão sobre política.
“Está polarizada as coisas da política. Você olha esse caso em Confresa e vê que a briga poderia ter sido até por uma discussão, mas não foi conotação política. Eu estava lendo a denúncia ontem e não consta nada de política”, disse.
O desembargador ainda citou o histórico de Rafael Silva para argumentar sobre o caso.
“Como é que você vai dizer que aquilo lá é uma briga política? Inclusive, eu andei lendo, me aprofundei um pouquinho mais, até porque é preocupante, se isso começa a ocorrer”, disse.
“Esse cidadão [Rafael] tem problema de esquizofrenia. Dias antes, a família tinha pedido para ele ser internado em uma clínica do Estado”, afirmou.
No inquérito da Polícia Civil, finalizado no dia 16 deste mês, Rafael foi descartada morte por ideologia política. Nele, Rafael foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio cruel.
A morte de Benedito teve repercussão nacional nos noticiários e os principais presidenciáveis manifestaram repúdio ao crime.
Fonte: MidiaNews