A presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia Civil do Estado de Mato Grosso (Sinpol), Edleusa Afonso de Mesquita Filgueiras, afirmou que a liminar da 4ª Vara Cível da Comarca de Cuiabá se referem à gestão anterior (2016) e denunciou estar sendo perseguida supostamente para desgastá-la, por conta das eleições internas, previstas para novembro de 2020.  A assessoria de Edleusa Mesquita Filgueiras divulgou áudio para a reportagem do portal de notícias Cuiabano News em que assegura estar à disposição dos sindicalizados, para prestar quaisquer esclarecimentos.

“Gostaria de esclarecer que são contas da gestão anterior, em que o presidente era Cledson Gonçalves da Silva… foram prestadas e aprovadas em assembleia geral, no ano de 2017”, assegurou ela, numa resposta à liminar conquistada em ação judicial movida pelo investigador Jamilson Adriano de Souza Moura, secretário e ouvidor geral da entidade.

Edleusa Afonso de Mesquita afirmou que a diretoria jamais vetou acesso a nenhum documento. “O sindicato está de portas abertas aos sindicalizados. Todo sindicalizado que quiser  tirar as suas dúvidas   e verificar informações das contas, é só se dirigir ao financeiro [diretoria financeira] e conseguirá visualizar”, afiançou a presidente.

Juíza Vandymara G. R. Paiva Zanolo, da 4ª Vara Cível de Cuiabá.

Todavia, na sequência, apresentou contradição, por suposto sigilo bancário. “Por causa da segurança da informação, nós buscamos manter a privacidade dos documentos do sindicato”, disse ela.

Na sequência, voltou a garantir que vai passar os dados exigidos na decisão da juíza    Vandymara G. R. Paiva Zanolo, da 4ª Vara Cível de Cuiabá. Mas deixa implícita uma ameaça ao antecessor Cledson Gonçalves ao citar a auditoria interna.

“Não temos problema nenhum em fornecer via judicial os extratos bancários solicitados pela liminar. Vamos fornecer tudo, juntamente com o resultado da auditoria que foi feita nesse período solicitado. O sindicato está à disposição dos sindicalizados. Nós vamos esclarecer tudo, inclusive em assembleia geral para apresentar aos sindicalizados a auditoria realizada”, sintetizou Edleusa Mesquita.

Jamilson Adriano Moura, atual secretário geral do Sinopol e autor da ação judicial

Em tom de desabafo, ela enxerga as acusações de Jamilson Moura como eleitoreiras. “Gostaria de frisar também que tratam-se de questões politiqueiras! Porque as eleições do sindicato serão em novembro do ano que vem.  E  a forma de denegrir a atual presidente do sindicato é a única maneira de pleitear ganhar as eleições do na que vem”, citou ela.

Enfim, se dirigiu nominalmente a Jamilson Adriano Moura, para criticar tal postura. “É triste ver que um investigador que faz parte da minha gestão, eleito pela categoria no meu grupo, tente denegrir a imagem da própria classe, com situações expostas, difamatórias e caluniosas, enquanto investigador de polícia”, complementou Edleusa Mesquita.