O presidente do Santos, Andres Rueda, confirmou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, a venda do volante Diego Pituca para o Kashima Antlers, do Japão. O jogador foi autor de um dos gols da vitória de 3 a 0 sobre o Boca Juniors, que colocou o Peixe na final da Libertadores da América.

Ele só deixará o clube depois da disputa da decisão, dia 30, contra o Palmeiras, no Maracanã.

As conversas estavam avançadas havia dias. Diego Pituca, já com 28 anos, via com bons olhos a transferência.

– A proposta do time japonês para o Pituca é uma proposta muito boa para o jogador em matéria financeira. Acabamos negociando com eles uma condição financeira que tinham colocado. O valor que estão pagando é por 50% dos direitos econômicos do Pituca. Não queríamos que deixasse o clube, mas chega um momento em que o atleta tem o direito de crescer na vida. Acabamos fechando essa operação. Repetindo: sempre lutamos e conseguimos que os jogadores só deixassem o clube após a Libertadores – disse Rueda.

O Kashima Antlers havia feito uma proposta de 1,6 milhão de dólares (R$ 8,2 milhões, na cotação atual), à vista, por 50% dos direitos econômicos de Diego Pituca em dezembro do ano passado. O Santos recusou.

Os japoneses, então, insistiram na compra e melhoraram as condições da proposta – os valores ainda são mantidos em sigilo. O Santos não queria perder o volante antes da final da Libertadores, dia 30 de janeiro, e conseguiu manter o jogador até lá.

Em dificuldade financeira, o Santos acertou, recentemente, a venda de Lucas Veríssimo para o Benfica, de Portugal, por 6,5 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões), em três parcelas. A diretoria, porém, entende que é preciso negociar mais jogadores para aliviar os problemas do clube.

– Vender jogador não é agradável, ainda mais jogador que a gente gosta. Essas vendas não foram feitas para efeito de caixa. Obviamente que isso vai ajudar o clube, mas essas vendas foram pontuais. Não foram feitas na parte financeira do clube. Eu acredito que no futebol vender e comprar faz parte do dia a dia, mas vendas para suprir caixa eu vou tentar evitar o máximo possível. Só em último caso. Mas não está dentro do nosso planejamento vender jogador para suprir rombo financeiro. Essas vendas já estavam em andamento. Não é legal vender o Lucas e o Pituca, mas faz parte – completou Rueda. (Globo Esporte)