Em live realizada pelo Fortaleza na noite desta terça-feira (19), o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, negou que os salários de jogadores estejam atrasados no momento. E comentou sobre as críticas que a gestão do clube vem recebendo após a queda de rendimento na saída de Rogério Ceni, ex-técnico do Leão que agora está no Flamengo.
– Querer atribuir ao Ceni a gestão do clube ou é irresponsabilidade ou é maldade. Atinge todos os funcionários, jogadores, diretores. O Ceni é um cara que tem uma história sensacional no clube. Ele fez bem ao Fortaleza. Mas o Fortaleza também fez muito bem a ele. Dizer que acabou a gestão porque o Ceni saiu ou é maldade ou é falta de conhecimento. Ele está na história do clube, gratidão. São 102 anos de história, o clube não é dependente de ninguém – desabafou.
Marcelo Paz também comentou sobre legado estrutural que fica com o crescimento nos últimos anos, em que o Fortaleza foi campeão da Série B do Brasileiro em 2018, da Copa do Nordeste em 2019 e bicampeão cearense em 2019 e 2020.
– Saímos de um “vai morrer na Série C” para “sou campeão nacional”, com a marca conhecida internacionalmente. Olha a transformação do Fortaleza, do Pici. Todo mundo que chega no CT, que ninguém nem pisava, fala na estrutura. Temos nove lojas, quase 300 funcionários. Isso é evolução da gestão patrimonial. Não se apaga. Isso mostra que a gente teve resultado esportivo com crescimento estrutural – completou.
Confira outros pontos da entrevista
“Problema não é salário atrasado”
– Em 2019, pagamos tanto “bicho” que vocês não têm nem ideia. Isso está no planejamento do clube. Premiação faz parte do futebol, está na nossa cultura. De onde vai vir o dinheiro? Da premiação do fim do campeonato. Salário atrasado? Não é. Clube perdeu R$ 25 milhões com a pandemia. O problema não é salário atrasado. E o “bicho” acertado. Agora quem quiser ajudar é bem-vindo. Se vocês quiserem ajudar, a gente dá a mais.
Falta cobrança?
– Futebol, quando está ganhando, o que a gente faz é bom. Quando está perdendo, a mesma coisa é ruim. As cobranças a gente faz internamente. Quando a gente tem que cobrar, a gente chama em particular e faz a cobrança. Às vezes as pessoas querem que a gente venha no microfone e fale mal dos jogadores. Não farei isso. Quando quero cobrar, falo individual. Quando quero elogiar, falo em público.
Elenco curto?
– Todos os atletas foram com aval do Ceni, os que vieram e não vieram. Decidimos em conjunto. Nosso elenco não é curto. E contratar muito não é receita de sucesso. Sei que às vezes o torcedor quer que a gente contrate um por semana. Mas não temos elenco curto. O Rogério nem gostava de meia, mas mantivemos o Mariano Vázquez e trouxemos o João Paulo. Com 13 desfalques contra o Grêmio, conseguimos fazer uma boa partida. Houve contratação errada? Houve. Mas conseguimos “desovar”. O elenco que está aí tem plenas condições de nos entregar o que a gente espera. (Globo Esporte)