Presidente do Cuiabá detalha valores devidos pelo Corinthians e diz que negou acordo

— Da venda inicial, que tinha o valor de 2,5 milhões de euros, eles (Corinthians) pagaram a entrada de 800 mil euros, que só foi paga porque ela era vinculada à liberação do atleta. Tanto que o Raniele só foi inscrito na véspera do encerramento das inscrições do Paulistão. Eles quase não conseguiram pagar esses 800 mil euros.

Segundo Cristiano Dresch, a partir disso o Cuiabá não recebeu nenhuma quantia do clube paulista referente à venda do jogador.

— A segunda parcela de 400 mil euros venceu no dia 31 de julho deste ano. O contrato que a gente fez previa que, caso a parcela não fosse paga no vencimento e nem após o prazo que é dado depois do vencimento, nós demos cinco dias de prazo, as parcelas que estavam a vencer venceriam antecipadamente. E sobre todo esse saldo vencido, haveria uma multa de 30%. A quantia era em torno R$ 13 milhões, que é o valor original. Aí tem a correção de 1% ao mês mais o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que mede a inflação. Hoje dá quase R$ 600 mil só de juros.

Com valores a receber, o dirigente auriverde alega que, no momento, não consegue imaginar uma cenário em que a dívida seja quitada.

— A dívida está vencida desde 31 de julho, e desde 14 de agosto a multa e as parcelas que tiveram vencimento antecipado. Desde então a gente não recebeu nada e não vejo que vamos receber. Eu acho que só vamos receber isso quando o Corinthians for punido pelo transfer ban na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF), que é algo que leva de dois a três anos.

Cristiano Dresch ainda disse que o Corinthians procurou o Cuiabá em busca de um acordo para o pagamento, que foi negado pela diretoria do Dourado.

— O Corinthians nos procurou, tentou fazer um acordo, nos ofereceram a parcela vencida mais a parcela que ia vencer em outubro. Nós não aceitamos, exigimos que fosse pago todo o saldo. O Corinthians não pagou e nós entramos com ação na CNRD. O Corinthians foi notificado, se manifestou reconhecendo a dívida. A única contestação do Corinthians na CNRD foi o vencimento antecipado das parcelas.